Cientistas do Egito descobriram no deserto do Saara Oriental o ‘Mansourasaurus shahinae’, uma nova espécie de dinossauro do período Cretáceo cujos fósseis oferecem nova informação sobre a vida destes animais ao fim de sua existência, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (29) na revista “Nature”.
Este novo tipo de titanossauro pertence ao grupo dos saurópodes, entre os quais se encontram outros grandes herbívoros de pescoço longo como o ‘Argentinossauro’ e o ‘Patagotitan mayorum’, ambos encontrados no Cone Sul da América.
O “Mansourasaurus” encontrado no Saara egípcio tem um tamanho menor que esses dois gigantes, com um comprimento similar ao de um ônibus médio e o peso de um elefante adulto, e viveu durante o Cretáceo Tardio, entre 100 e 66 milhões de anos, num período próximo de sua extinção, informaram os responsáveis pela pesquisa, liderada pela Universidade de Mansoura.
Os restos fósseis de dinossauros dessa época, segundo os paleontólogos, são poucos, por isso sua história evolutiva no continente africano era, até agora, um mistério para os cientistas.
“O ‘Mansourasaurus’ nos ajudará a abordar questões pendentes sobre os registros fósseis da África e sua paleobiologia, quais os animais que viviam ali e com que outras espécies estavam (os dinossauros) aparentados de maneira mais próxima”, destacou um dos coautores do estudo, Eric Gorscak.
A vegetação frondosa de algumas partes da África, segundo os especialistas, dificultou o trabalho de busca de restos fósseis, em comparação com a visibilidade de outras áreas como a do deserto de Gobi (Ásia), das Montanhas Rochosas (América do Norte) e da Patagônia (América do Sul).
Fonte: Uol