A chuva de meteoros da constelação de Gêmeos (Gemínideas) iluminou parte do céu na madrugada desta quinta-feira (14), no Brasil e em outras partes do mundo. O fenômeno pôde ser visualizado em regiões onde o céu estava mais limpo.
“É a melhor chuva de meteoros do ano para os habitantes do hemisfério sul”, diz Gustavo Rojas, astrofísico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e membro da comissão de imprensa da Sociedade Astronômica Brasileira.
Segundo Bill Cooke, do escritório de meteoros da agência espacial americana (Nasa), como a chuva Perseidas foi obscurecida pela lua em agosto, Gemínideas provavelmente deve se destacar em 2017 e ser a melhor chuva de meteoros do ano.
Mais cedo, a previsão era de cerca de um meteoro por minuto (ou seja, 60 por hora), segundo a Nasa. Veja como foi transmissão em tempo real feita pela agência espacial.
“Isso é um número médio, que depende de condições ideais, mas podemos chegar a 100 meteoros por hora”, diz Rojas. Segundo ele, nas grandes cidades, seria possível ver apenas cerca de dez por hora ou menos, já que nesses centros há muita iluminação artificial.
Asteroide que dá origem à chuva mais próximo da Terra
Meteoros ocorrem quando a Terra se aproxima de um asteroide. Fragmentos desse asteroide, ao adentrarem na atmosfera terrestre, “queimam” – o que deixa um risco luminoso.
No caso de Gemínideas, a chuva ocorre quando a Terra se aproxima do asteroide Phaeton 3200. Segundo a Nasa, nesta quinta foi o mais perto que o nosso planeta esteve do Phaeton desde sua descoberta em 1983.
A proximidade do asteroide com a Terra possibilita que os astrônomos o estudem mais detalhadamente. “Com a menor distância, é possível gerar imagens de radar”, explica Rojas.
As chuvas de meteoros não representam riscos para a Terra e acontecem praticamente todos os meses, mas algumas não têm ampla visibilidade, explica o Observatório Nacional.
Foto: Sergei Grits/Sergei Gapon/AP
Fonte: G1
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