A braçadeira de capitão nunca foi um problema para ele. Com sua personalidade marcante, não tinha um jogador que não ouvisse com atenção suas observações, conselhos ou, na pior das hipóteses, suas broncas. Nem Pelé escapava do Capita, como era carinhosamente chamado. E foi esse o grande capitão que o mundo perdeu hoje. Carlos Alberto Torres faleceu, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, vítima de enfarte fulminante.
Sua classe com a bola nos pés não o deixava para trás nem para Franz Beckenbauer, seja como lateral-direito, onde começou na base do Fluminense ou como zagueiro. Além do tricolor carioca, seu clube de coração, foram muitos os times que tiveram o privilégio de ter em campo a sua classe: Santos, Botafogo, Flamengo e New York Cosmos.
Como jogador conquistou vários títulos. No Fluminense, onde começou a carreira, conquistou o Carioca em 1964 e depois em 1975 e 1976. No Santos de Pelé, onde viveu o auge de sua carreira, atuou ao lado de vários craques e ganhou a Taça Brasil em 1965 e 1968, o Torneio Rio-São Paulo em 1966, a Recopa Sul-Americana em 1968 e muitos campeonatos paulistas – 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973.
Depois, como treinador, teve como pontos altos a conquista do Campeonato Brasileiro de 1983, pelo Flamengo, a Copa Conmebol, em 1993, pelo Botafogo, e o Campeonato Carioca pelo Fluminense, em 1984.
Mas a cena que ficará imortalizada em sua vida no futebol é a da Copa do Mundo de 1970, quando levantou a taça Jules Rimet ao término da melhor campanha do Brasil na história de uma Copa. Foram seis vitórias em seis jogos de um time reuniu Pelé, Tostão, Jairzinho, Gerson e Rivelino.
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