A Nokia lançou nesta segunda-feira os seus novos chips de silício 5G. Segundo a empresa, os dispositivos vão triplicar a capacidade dos chips atuais, de 28 gigabites por segundo, para 84 gigabites por segundo. Esses modelos podem ser “empilhados” para permitir que uma única torre/estação de base manipule até 6 terabits por segundo.
O recorde de consumo de dados em um único evento esportivo foi definido no Super Bowl do ano passado, em Houston, nos Estados Unidos, quando as operadoras de telefonia móvel e operadoras de rede americanas relataram cerca de 40 terabits de dados consumidos no dia do jogo.
Vinculados a uma única torre celular, os chips da Nokia poderiam lidar com 100 vezes os dados combinados de dispositivos móveis e wi-fi consumidos pelos fãs do estádio no Super Bowl do ano passado, disse o chefe de marketing da Nokia Mobile Networks, Phil Twist, à Reuters.
Além de triplicar a capacidade de processamento de dados, a empresa também disse que seus novos chips podem cortar metade do tamanho das antenas nas torres celulares, enquanto reduzem seu consumo de energia em dois terços.
A Nokia disse que está trabalhando com 30 operadoras móveis para implantar os novos produtos em suas torres sem fio. Isso significa que as primeiras redes poderiam ser atualizadas no final deste ano, com implementações no mercado de massa para comercializar dispositivos prontos para a tecnologia 5G. Além disso, os chips permitirão que o tamanho das antenas atuais (que variam entre 1 e 2,6 metros de altura) seja cortado, em média, pela metade, permitindo que se encaixem em muito mais locais.
A Coréia do Sul, o Japão e os Estados Unidos têm vários operadores de rede em cada mercado, preparando os principais lançamentos da rede 5G para 2018 ou 2019, com a China provavelmente se juntando à onda inicial. De acordo com um plano de 2016, a União Europeia quer implantar 5G para todas as áreas urbanas até 2025.
A equipe de segurança nacional do presidente dos EUA, Donald Trump, também está buscando construir uma rede sem fio 5G super-rápida, entre as opções em consideração, para contrariar a ameaça da China de espionagem em telefonemas dos EUA, disse um alto funcionário da administração no domingo.
Fonte: O Globo