O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPAC-15), índice oficial da prévia da inflação, variou -0,16% em dezembro, enquanto a taxa de novembro foi 0,19%. Este é o menor resultado mensal desde julho de 2017 e o menor resultado para um mês de dezembro desde a implantação do Plano Real, em 1994, de acordo com os dados divulgados, hoje (21), pelo IBGE.
Dessa forma, o IPCA-15 acumulad fechou o ano de 2018 em 3,86%, abaixo do centro da meta anual estabelecida pelo Banco Central (4,50%) e dos 4,39% registrados em 2017. O grupo de Transportes apresentou a maior queda (-0,93%) e o maior impacto (-0,18 p.p.) no mês de dezembro, principalmente, por conta da redução nos preços da gasolina (-5,47%).
Esse combustível foi o responsável pelo maior impacto individual no índice do mês, com -0,26 p.p. . Além da gasolina, o etanol e o óleo diesel também caíram em dezembro (-3,00% e -1,93%, respectivamente). Todas as áreas pesquisadas apresentaram queda de preços, ficando entre os -8,90% registrados em Salvador e os -3,02% de Fortaleza. Já as passagens aéreas subiram 29,61%, sendo o maior impacto individual positivo no IPCA-15 de dezembro (0,11 p.p).
Além do Transporte, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, mais três apresentaram deflação de novembro para dezembro: Saúde e cuidados pessoais (-0,58%), Habitação (-0,52%) e Comunicação (-0,07%). No lado das altas, o destaque ficou com o grupo Alimentação e bebidas (0,35%), que apresentou o maior impacto positivo no índice do mês, com 0,08 ponto percentual (p.p.). Os demais grupos variaram entre o 0,02% de Educação e o 0,44% de Artigos de residência.
Em Saúde e cuidados pessoais (-0,58%), destacam-se as quedas nos preços dos itens de higiene pessoal (-4,46%), especialmente produtos para pele (-9,90%), perfumes (-7,13%) e artigos de maquiagem (-6,93%). O resultado do grupo Habitação (-0,52%) foi influenciado pela queda no tem energia elétrica (-3,61%), segundo maior impacto negativo no índice do mês (-0,14 p.p).
A queda de 0,07% na Comunicação foi influenciada, principalmente, pela redução no item aparelho telefônico (-1,89%). No item correio (-1,15%), houve reajuste nas tarifas dos serviços postais, a partir de 9 de novembro, e suspensão da cobrança de R$ 3,00 por entrega no Rio de Janeiro, a partir do dia 16 de novembro.
O grupo Alimentação e bebidas, que havia subido 0,54% em novembro, desacelerou para 0,35% por conta da alimentação no domicílio, que registrou 0,22% em dezembro, após a alta de 0,85% do mês anterior. Esse resultado foi influenciado por uma queda mais acentuada nos preços do leite longa vida (de -3,74% em novembro para -10,39% em dezembro) e pelas quedas em itens como arroz (-0,84%), farinha de mandioca (-2,47%) e alho (-3,38%). Por outro lado, cebola (34,16%), batata-inglesa (17,80%), tomate (8,37%) e carnes (0,92%) seguem com preços em alta.