Os contratos futuros do minério de ferro atingiram nível recorde em Cingapura e ampliaram o rali impulsionado pelos dados de importação da China, que refletiram a demanda contínua das siderúrgicas do país.
As compras da China, maior fabricante de aço do mundo, somaram cerca de 100 milhões de toneladas em novembro, um recorde para o mês, segundo dados da administração alfandegária divulgados na segunda-feira. Com o resultado, o volume das importações no acumulado do ano atingiu 1,073 bilhão de toneladas e superou as compras totais em 2019. Em números gerais, as exportações totais da China em novembro deram o maior salto desde o início de 2018.
A força da economia e a produção de aço da China, combinada com os riscos de abastecimento, levaram os futuros a níveis recordes. Na semana passada, a Vale revisou para baixo a estimativa de produção para este ano, e os embarques brasileiros continuam a enfrentar ameaças da temporada de chuvas e do evento climático La Niña. Os preços elevados ajudam não só a Vale, mas também rivais como Rio Tinto e BHP.
Os preços spot devem ser negociados a US$ 140 no primeiro trimestre com o crescimento da demanda chinesa por aço e recuperação do consumo fora da China, de acordo com o Citigroup. O mercado transoceânico deve registrar déficit no primeiro semestre, e os estoques nos portos chineses tendem a cair nos próximos meses, disse o banco em relatório.
Os contratos futuros do minério de ferro em Cingapura eram negociados com alta de 1,2% às 15h29 no horário local, a US$ 141,90 a tonelada, depois de atingir a US$ 144,40. O contrato em Dalian fechou em baixa após atingir recorde na sexta-feira, enquanto em Xangai os futuros do vergalhão de aço e da bobina laminada a quente subiram, sendo que esta última fechou no maior nível em mais de três anos.
*Com informações do Bloomberg