Policiais militares fazem operações em duas comunidades do Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira (28): uma na Rocinha, na Zona Sul da cidade, e outra na Chacrinha, na Zona Oeste.
Segundo a Polícia Militar, durante patrulhamento de policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha e do Batalhão de Operções Policiais Especiais (BOPE) em uma rua da Rocinha, criminosos atiraram contra as equipes e houve confronto. Não há informações sobre feridos até o momento.
No final de semana, oito pessoas foram mortas na Rocinha. Na segunda-feira, mais uma pessoa morreu na comunidade. A polícia diz que faz ação continuada na comunidade desde setembro de 2017.
No Chacrinha, na Praça Seca, agentes do batalhão de choque e de ações com cães fazem operação na favela desde o início da manhã. Não há informações sobre confrontos ou presos.
Na segunda-feira (26), o Globocop flagrou a movimentação de bandidos na Praça Seca. O vídeo mostrava criminosos trocando tiros e bloqueando a via, que liga a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. O Centro de Operações chegou a recomendar que a população evitasse a região.
Os milicianos tentam retomar o controle da Bateau Mouche, que hoje está sob o domínio dos traficantes. Do outro lado da Avenida Candido Benício, está a favela da Chacrinha, já dominada pelos milicianos, que exigem dinheiro de moradores em troca de serviços e suposta segurança.
Histórico
Em pouco mais de seis meses, mais de 50 pessoas foram mortas a tiros na Rocinha. A maior parte das vítimas era de criminosos, segundo a Polícia Militar. A comunidade está ocupada desde setembro de 2017. As ações permanentes tiveram início logo após a comunidade ter sido invadida por uma facção rival à que comandava o tráfico local. Desde então, segundo balanço divulgado pela PM, 48 criminosos, dois policiais e uma turista espanhola foram mortos. Onze moradores também ficaram feridos nos confrontos.
O balanço da PM indica ainda que desde o dia 18 de setembro foram presos 105 criminosos e apreendidos 22 menores envolvidos com a criminalidade local. As operações policiais têm como saldo ainda a apreensão de 38 fuzis, três submetralhadoras, seis espingardas calibre 12, 66 pistolas, cinco simulacros de fuzis e três simulacros de pistola além de 69 granadas ou artefatos explosivos diversos. Mais de duas toneladas de drogas foram apreendidas.
Fonte: G1