A Petrobras informou que elevará preços de gasolina A e de diesel a partir de hoje, 16 de agosto, para as distribuidoras. De acordo com cálculos feitos pelo Valor, o reajuste da gasolina será de 16,27%, enquanto do diesel será de 25,82%.
Em comunicado, a empresa detalhou que aumentará em R$ 0,41o preço médio de venda do litro de gasolina A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,93. Assim, considerando mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba.
No ano, o preço de venda de gasolina A para as distribuidoras acumula uma redução de R$ 0,15 por litro, pontuou a empresa, em informe sobre o tema.
Já para o diesel, a Petrobras aumentará em R$ 0,78 o preço médio de venda do litro de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,80.
Assim, no caso desse outro combustível, considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba.
No ano, a variação acumulada do preço de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,69 por litro, informou ainda a companhia.
A empresa justificou sua posição ao efetuar reajustes. “Importante esclarecer que a implementação da estratégia comercial, em substituição à política de preços anterior, incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação”, disse a empresa.
“Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes”, continuou a companhia.
“No entanto, a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”, completou a empresa.
Além disso, a Petrobras comentou que, “ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira”, a empresa frisou que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”.
No informe, a companhia destacou, ainda, que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.
A empresa terminou o comunicado afirmando que, em seu entendimento “transparência é fundamental” e que todas as informações referentes à sua parcela e dos demais agentes na formação e composição dos preços médios de combustíveis ao consumidor estão disponíveis no site da companhia.
*Por Alessandra Saraiva e Fabio Couto, Valor — Rio