A Petrobras anunciou a aprovação de seu Planejamento Estratégico com visão até 2040 e o Plano de Negócios e Gestão (PNG) para o período de 2019 a 2023. Nos próximos cinco anos, a companhia investirá US$ 84,1 bilhões em suas atividades produtivas, cerca de US$ 10 bilhões a mais do que o previsto em seu último plano de negócios. Pelo planejamento, a companhia mantém as métricas de topo de melhoria da segurança da força de trabalho e operacional e de redução da dívida, e acrescenta uma nova: a de rentabilidade, que estabelece um indicador de retorno sobre o capital empregado na companhia acima de 11% em 2020.
“A nova métrica é criada após a superação dos problemas financeiros da companhia, que agora recupera o poder de escolha. Nesse cenário, garantir a disciplina de capital torna-se fundamental para a sustentabilidade do futuro da companhia”, disse o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro. Segundo o presidente, os indicadores de segurança e dívida melhoraram significativamente, mas os desafios não terminaram. “Agora, com as finanças equilibradas, a companhia buscará um caminho de rentabilidade sustentável, atenta às mudanças à sua volta”, complementou.
O novo plano tem três motores centrais de geração de valor para a empresa. Um primeiro nomeado pela companhia de força motriz, que é o elemento central da competitividade da Petrobras, no qual estão os grandes ativos de geração de caixa das áreas de Exploração e Produção (E&P) e Refino, Transporte e Comercialização (RTC). Serão investidos U$S 68,8 bi em E&P e US$ 8,2 bi em RTC).
O segundo, batizado de força para evoluir, terá foco na expansão do mercado de energia. A Petrobras buscará oportunidades de investimento na cadeia integrada de gás e energia (US$5 bi) e petroquímica (US$ 300 mil). A companhia também entende que é necessário perpetuar sua equação de crescimento, com investimentos de US$ 400 mil em energias renováveis (eólica, solar e biocombustíveis, que representam o terceiro motor intutulado movimento para o futuro.
Principais projetos
Na área de E&P, o crescimento da produção de óleo em 2019 será de 10% no Brasil e de 7% na produção total, em virtude da entrada em operação de cinco novos sistemas em 2018 e mais 3 em 2019. Ao longo do Plano, está prevista a entrada em operação de 13 novos sistemas. Para o período entre 2020 e 2023, a produção total de óleo e gás natural terá um crescimento médio de 5% ao ano.
Na área de RTC, a companhia irá se reposicionar por meio de parcerias e desinvestimentos, com o objetivo de compartilhar os riscos do negócio e dinamizar o setor. No segmento de gás natural, está prevista a realização de investimentos em unidades de tratamento e processamento em Sergipe, Rio de Janeiro e São Paulo. Esses empreendimentos serão cruciais para dar suporte ao escoamento da produção de gás. Na área de energias renováveis, a companhia continuará buscando parcerias em negócios de energia elétrica renovável, em especial solar e eólica, e investirá em BioQAV e green diesel.
No horizonte do PNG 2019-2023, a companhia contribuirá com aproximadamente R$ 600 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais. Até 2023, serão investidos cerca de R$ 13 bilhões em pesquisa e desenvolvimento e cerca de R$ 6 bilhões aplicados em projetos sociais e ambientais em todo país. A Petrobras estima que irá gerar com suas atividades produtivas por volta de 450 mil postos de trabalho no país.