O papa Francisco considerou que a “hipocrisia da igreja” é “particularmente detestável” e lamentou que infelizmente haja “muitos cristãos e ministros hipócritas”.
O pontífice dedicou a catequese de hoje (25), durante a audiência-geral realizada na Sala Paulo VI, ao “comportamento reprovável” que é a hipocrisia e que se encontra tanto “no local de trabalho quanto em políticos que vivem de uma forma em público e de outra na vida privada”.
Francisco falou a várias centenas de fiéis que assistiram à audiência com máscaras, mas sem guardar distância de segurança para prevenir o contágio de covid-19. De acordo com o papa, quando se age de outra forma que não seja com a verdade põe-se em risco a unidade da igreja”.
“Que o teu discurso seja sim ou não, porque de outra forma vem do maligno”, acrescentou. “Há muitas situações nas quais se pode verificar a hipocrisia. Frequentemente esconde-se no local de trabalho, onde se trata de aparentar amizade com os colegas, enquanto a competição leva a golpeá-los pelas costas. Na política não é incomum encontrar hipócritas que vivem um desdobramento entre o público e o privado”, explicou.
O papa definiu a hipocrisia como “o medo de dizer abertamente a verdade, fingir ou aparentar fazer o bem aos olhos dos outros”, e pediu ao “Senhor” ajuda para os seres humanos serem coerentes, deixarem os confrontos e combaterem com coragem tudo o que os afasta da verdade e da fé que professam.