O Uber informou nesta quarta-feira que diminuiu o prejuízo trimestral, embora o aplicativo de transporte urbano ainda tem um longo caminho a percorrer até provar que pode ser rentável, uma vez que se prepara para abrir capital em 2019.
Sob a liderança de Dara Khosrowshahi, presidente-executivo desde setembro, o Uber fez malabarismos para investir em novos mercados, enquanto se retirava de outros onde perdeu milhões de dólares. A empresa está desenvolvendo serviços como entrega de alimentos e transporte de cargas, à medida que busca novas receitas e, possivelmente, um caminho para a lucratividade, fora de seu negócio principal.
O prejuízo líquido do Uber diminuiu para 891 milhões de dólares no segundo trimestre, ante 1,1 bilhão de dólares no mesmo período do ano anterior. A empresa teve um resultado operacional negativo (Ebitda) de 614 milhões de dólares, abaixo dos 773 milhões de dólares do ano anterior.
As perdas ajustadas no primeiro trimestre tinham sido de 312 milhões de dólares, excluindo ganhos do Uber que vendeu negócios no exterior para rivais locais. A venda de operações na Rússia e no Sudeste Asiático trouxe ganho extra de 2,5 bilhões de dólares no primeiro trimestre e reduziu os custos do segundo trimestre.
A receita líquida, que exclui o valor pago a motoristas, bem como as promoções e reembolsos, foi de 2,8 bilhões de dólares, aumento de 8 por cento ante o primeiro trimestre e de mais de 60 por cento em relação ao ano anterior.
“Tivemos outro grande trimestre, continuando a crescer a um ritmo impressionante para um negócio de nossa escala”, disse Khosrowshahi em comunicado.
Por ser de capital fechado, o Uber e não é obrigado a divulgar o balanço, mas recentemente elevou a transparência ao começar a divulgar números selecionados à medida que analisa uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).