Mudança no Pix: Banco Central impõe limite menor para novos aparelhos

O Banco Central do Brasil anunciou novas regras e limites para transações via Pix. Conforme a instituição, a partir do dia 1° de novembro, dispositivos que nunca tenham realizado uma transferência com o método de pagamento terão os valores iniciais limitados a R$ 200 por vez, desde que o limite diário não ultrapasse R$ 1 mil. A ideia é aumentar a segurança de transferências e impedir que fraudadores consigam realizar golpes que envolvam grandes montantes de dinheiro usando apenas as credenciais de usuários, como login e senha.

Ainda, o órgão publicou que o aguardado Pix Automático foi adiado para 2025, e tem data de lançamento marcada para 16 de junho do mesmo ano. Nas próximas linhas, confira todas as novidades antecipadas pelo Banco Central e entenda o que muda no Pix.

Novas regras para o Pix estabelecidas pelo Banco Central trazem menor limite para novos dispositivos; entenda — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Novas regras para o Pix estabelecidas pelo Banco Central trazem menor limite para novos dispositivos; entenda — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

O que vai mudar no Pix? Novas regras do Banco Central não afetam quem já usa

Smartphones e computadores que já usam o Pix não serão afetados pelas novas regras do Banco Central do Brasil. A novidade é exclusiva para dispositivos novos, que ainda não estejam autorizados para o uso pleno do método de pagamento. Portanto, a partir do dia 1° de novembro, caso o usuário decida comprar um novo celular, ou então comece a usar uma nova chave, por exemplo, precisará ter em mente que estará limitado a R$ 200 por transação, desde que o limite diário não ultrapasse R$ 1 mil.

Desse modo, o Banco Central garante que, mesmo com login e senha, golpistas não conseguirão concluir transações maiores que R$ 1.000 ao dia a partir de um celular ou computador novo. Para transações fora destes limites, clientes precisarão cadastrar no banco parceiro o novo dispositivo de acesso.

“Essa medida minimiza a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações Pix. Isso dificultará a fraude em que o agente malicioso consegue, por meio de roubo ou de engenharia social, as credenciais, como login e senha, das pessoas”, concluiu o Banco Central, em nota.

As novas normas do Banco Central também exigem que bancos adotem algumas medidas para garantir mais segurança a correntistas. O órgão determina que as instituições identifiquem transações via Pix atípicas ou diferentes do perfil do cliente. Ainda, é obrigatório agora que verifiquem, se os clientes têm marcação de fraude junto ao BC, pelo menos uma vez a cada seis meses, além de disponibilizarem informações sobre como evitar fraudes nos sites oficiais.

Caso os bancos identifiquem que um cliente tenha praticado fraude contra outros, o Banco Central do Brasil também espera que as empresas encerrem o relacionamento com o fraudador ou limitem de forma diferenciada transações já iniciadas, além de bloquear as recebidas.

Pix Automático é adiado e ganha nova data

Aguardado para outubro de 2024, o Pix Automático vai ficar mesmo para o ano que vem. O Banco Central anunciou que a nova data de lançamento do serviço será em 16 de junho de 2025. A novidade é bastante aguardada, já que promete facilitar alguns pagamentos recorrentes. Com o Pix automático, os usuários poderão realizar transações periódicas sem a necessidade de autenticação no momento da transferência. O recurso deve funcionar de forma semelhante ao débito automático em conta-corrente, com o diferencial de operar sem as taxas atribuídas ao uso do cartão.

O recurso será obrigatório a todos os bancos que participem do Pix. Caso não disponibilizem o serviço ou não sejam aprovados nos testes do Banco Central até a data de lançamento, as instituições serão multadas por dia de atraso com um limite de 60 dias.

Com informações de Banco Central do Brasil