Após quatro anos seguidos de queda e “finais infelizes”, o mercado de livros no Brasil registrou resultado positivo em 2017: o faturamento do setor subiu de R$ 1,6 bilhão para R$ 1,7 bilhão – ou 3,2% (considerando a inflação). Em 2015, o recuo havia sido de 7%. Em 2016, de 9,2%. O volume de vendas agora também cresceu, indo de 40,5 milhões para 42,3 milhões de exemplares vendidos, aumento de 4,55%.
Esses números estão na edição mais recente do Painel das Vendas de Livros do Brasil, que saiu nesta sexta-feira (19). Realizado mês a mês e desta vez com o balanço do ano inteiro, o estudo é feito pela Nielsen e divulgado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel). A pesquisa baseia-se no resultado da Nielsen BookScan Brasil, que verifica as vendas em livrarias, supermercados e bancas.
“O mercado do livro tem muito o que comemorar. Desde que iniciamos a série histórica com o Bookscan, em 2013, este é o primeiro ano que vemos resultados financeiros positivos e acima da inflação”, afirma em nota Ismael Borges, que coordena a Nielsen Bookscan Brasil.
2017 sem ‘fenômeno’, mas com Felipe Neto
Em 2015, a febre dos livros de colorir para adultos vendidos como “antiestresse” liderou as listas de best-sellers, que salvaram o mercado (ou pelo menos reduziram o efeito da queda). Fizeram sucesso títulos como “Jardim secreto” (Sextante), “Floresta encantada” (Sextante) e “Jardim encantado” (Alaúde).
Já em 2016, sentindo que a “fase colorida” estava passando, o setor apostou as fichas nos youtubers. Eles foram bem – mas ficaram longe do fenômeno anterior.
Veja, abaixo, os três livros mais vendidos no país em 2017:
“Felipe Neto – A trajetória de um dos maiores youtubers do Brasil” (Coquetel)
“O homem mais inteligente da história” (Sextante), de Augusto Cury
“Origem” (Arqueiro), de Dan Brown
Somadas, essas obras representaram 1,1% do volume de vendas, percentual considerado baixo.
Os três gêneros literários que mais venderam em 2017 foram:
desenvolvimento pessoal;
literatura brasileira;
religião.
E os três gêneros que mais caíram foram:
literatura estrangeira;
culinária e gastronomia;
concursos públicos.
Borges considera que “o crescimento de 2017
Fonte: G1