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são paulo

A investigação contra Elize Matsunaga por suspeita de uso de documentos falsos foi arquivada pela Justiça de Sorocaba, no interior de São Paulo. Ela, que está em liberdade condicional, chegou a ser levada para a delegacia em fevereiro passado para dar explicações, mas foi liberada.

O caso virou alvo de um inquérito policial, no entanto o Ministério Público disse que a falsificação “era grosseira”. O juiz acatou o parecer e determinou o arquivamento.

Elize teria usado documentos falsos de antecedentes criminais para conseguir um emprego em Sorocaba, entre o final do ano passado e o início deste ano, logo após conquistar a liberdade condicional. Durante o depoimento à polícia, ela negou a acusação.

Conforme reportagem do “Estadão”, reproduzida pelo site UOL, a investigação apurou que o documento usado pela ex-detenta era de outra pessoa e que o nome dela de solteira, Elize Araújo Giacomini, havia sido sobreposto ao original. No entanto, conforme análise do MP, tal falsificação “era grosseira e não tinha condições de enganar ninguém”.

A promotoria apontou que ela usou uma cópia do documento original com péssima qualidade de impressão e erro quanto à data de nascimento.

O caso foi, então, analisado pela Justiça, que seguiu a posição do MP e determinou o arquivamento da ação, que estava em sigilo. No entanto, o magistrado deixou claro que, caso surja algum fato novo, o processo poderá ser reaberto.

A defesa da mulher não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Nova vida no interior

Elize foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão pelo assassinato do marido e empresário, Marcos Matsunaga, que era herdeiro do grupo Yoki Alimentos, em 2012. No entanto, em 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena para 16 anos e 3 meses.

Em maio do ano passado, após passar 10 anos presa em Tremembé, também no interior paulista, ela obteve a progressão de pena e desde então cumpre a liberdade condicional.

Inicialmente ela se mudou para Sorocaba, mas depois seguiu para a cidade de Franca, onde atualmente trabalha como motorista de aplicativo da empresa Maxim. O caso ganhou repercussão em fevereiro deste ano, quando a companhia destacou que não exige antecedentes criminais para o cadastro.