O corpo de George Floyd chega hoje (8) à cidade de Houston, no Texas, onde reside a família desse homem negro que se transformou no símbolo da luta contra o racismo e a violência policial nos Estados Unidos.
O funeral do norte-americano está marcado para amanhã (9), será aberto ao público e a previsão é de que milhares de pessoas compareçam. Os preparativos para os funerais do agente de segurança negro George Floyd, 46 anos, morto asfixiado pelo policial branco Derek Chauvin no dia 25 de maio, em Minneapolis, lembram os de um chefe de Estado. Segundo Bobby Swearington, dono da funerária que organizou todas as homenagens ocorridas até agora, os rituais previstos em Houston serão certamente os maiores que sua empresa já realizou.
A companhia aérea Delta Airlines fretou um jatinho para transportar o caixão com o corpo de Floyd e a equipe da funerária de Minneapolis para a Carolina do Norte e depois para Houston.
A estrutura da polícia em Minneapolis enfrenta problemas. A Assembleia Municipal da cidade norte-americana votou a favor do desmantelamento do Departamento da Polícia.
Isso significa que o financiamento das forças de segurança fica suspenso após o caso da morte de George Floyd, morto pela polícia. O objetivo é redefinir os alicerces da polícia de Minneapolis, promovendo a segurança da comunidade e repensando a forma como os agentes respondem às situações de emergência.
O promotor que investiga o caso endureceu as acusações contra o policial que asfixiou o segurança e decidiu também processar os outros três agentes presentes no incidente. Chauvin, que pressionou o joelho contra o pescoço de Floyd durante quase nove minutos, foi acusado de homicídio culposo, mas será processado também por homicídio sem premeditação, uma acusação que se soma às existentes e é punida com penas mais severas. Além disso, o promotor acusará os outros três policiais que estavam no local – Tou Thao, de 34 anos; J. Alexander Kueng, de 26 anos; e Thomas Lane, de 37 anos–, por ajudarem e instigarem um homicídio sem premeditação.
Neste domingo (7), o presidente Donald Trump ordenou a retirada da Guarda Nacional de Washington, alegando que a situação está sob controle. Milhares de pessoas se manifestaram no sábado (6) na capital federal de forma pacífica, sem incidentes. Um grupo de direitos humanos entrou com uma ação contra Trump depois que as forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo em um protesto pacífico. No fim de semana passado, houve tumultos, com saques, em paralelo às manifestações.