Em carta aberta, a primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, chama Putin de ‘agressor’ e pede ajuda

Olena Zelenska, primeira-dama da Ucrânia, publicou em seu perfil no Instagram, uma carta aberta à imprensa do mundo todo. Em seu texto — em inglês, alemão e ucraniano — ela chama Putin de “agressor”, fala dos horrores da guerra e pede a criação de uma zona de exclusão aérea sobre seu país.

A carta publicada pela mulher do presidente Volodmir Zelensky é, segundo ela revela, uma resposta às dezenas de pedidos de entrevistas que vem recebendo de veículos de imprensa de todo o mundo.

Olena, que continua em Kiev, capital da Ucrânia, junto de seu marido, escreve longamente sobre a dor da guerra, fala da bravura do povo ucraniano e também de toda a dificuldade e mortes que o conflito com a Rússia vem causando em seu país. Ela também pediu que sejam criados corredores humanitários para a saída de civis e que a imprensa mundial continue divulgando o que acontece em solo ucraniano.

Leia a carta na íntegra:

“Recentemente, um grande número de veículos de mídia de todo o mundo me procurou com pedidos de entrevistas. Esta carta funciona como minha resposta a esses pedidos e como meu testemunho sobre a Ucrânia.

O que aconteceu há pouco mais de uma semana foi algo impossível de acreditar. Nosso país era pacífico. Nossas cidades, subúrbios e vilarejos eram cheios de vida. Em 24 de fevereiro, todos nós acordamos com o anúncio de uma invasão da Rússia. Tanques cruzaram a fronteira da Ucrânia, aviões entraram em nosso espaço aéreo, lança-mísseis cercaram nossas cidades.

Apesar de os meios de comunicação de propaganda russos chamarem isto de ‘operação especial’, na verdade é o assassinato em massa de civis ucranianos.

Talvez o mais terrível e devastador desta invasão seja a morte de crianças. Alice, de 8 anos, morreu nas ruas de Okhtyrka enquanto seu pai tentava protegê-la. Ou Polina, de Kiev, que morreu num bombardeio junto com seus pais. Arseniy, de 14 anos, foi atingido na cabeça por destroços e não pôde ser salvo porque uma ambulância não chegou até ele a tempo devido à intensa troca de tiros.

*Com informações do R7