Muitas empresas, sejam elas do setor industrial ou comercial, têm optado, ao longo dos últimos anos, em reduzir custos com diminuição do quadro de funcionários, matéria-prima, entre outros fatores inseridos na cadeia produtiva.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), Alexandre Moana, as companhias poderiam aumentar o volume de negócios, sem necessidade de cortes, se investissem em ações de eficiência energética.
Segundo Moana, é possível dar início a esse processo, já intrínseco em muitas empresas, promovendo mudanças simples no ambiente corporativo e fabril. “A troca de lâmpadas tradicionais pelas de LED é um exemplo clássico e que muitas já adotam de primeira, com um resultado visível. Já no caso de uma indústria, por exemplo, há a possibilidade de trocar máquinas antigas por mais novas, consequentemente mais eficientes e que vão trabalhar melhor e desperdiçar menos energia”, pontua o presidente.
Segundo ele, a implantação de ações de eficiência energética não significa poupar energia, mas diminuir seu desperdício. “Ao adotar ações, a tendência é que gestores passem a contabilizar reduções significativas no consumo energético a médio e longo prazos. As empresas e indústrias precisam quebrar paradigmas de gestão, passando a focar em energia, uma vez que, quase 60% do uso final dela, no setor industrial, é destinado a motores, ou seja, equipamentos”, atenta Moana.
Em recente pesquisa divulgada pela PROCEL, concluiu-se que, no Brasil, a participação dos gastos das indústrias com energia elétrica varia entre 5% e 30% das despesas operacionais, nas quais a média ponderada desta distribuição indica que os gastos energéticos representam cerca de 12% sobre o total das despesas operacionais.