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são paulo

As novas medidas de restrição anunciadas pelo governo do Estado de São Paulo na 6ª feira (22.jan.2021) podem fazer com que 20.000 postos de trabalho do setor de bares e restaurantes sejam fechados. A conta é da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

Segundo a entidade, 50.000 estabelecimentos já fecharam no Estado desde o começo da pandemia. A ANR (Associação Nacional de Restaurante) afirma que 84.000 pessoas já perderam seus empregos.

O governo de João Doria (PSDB) determinou o fechamento do comércio não essencial, bares e restaurantes em todas as cidades paulistas a partir das 20h. Os estabelecimentos devem ficar fechados aos sábados, domingos e feriados. As medidas começam a valer na próxima 2ª feira (25.jan) e devem durar até 7 de fevereiro.

Em nota, a Abrasel declara que os estabelecimentos vinham cumprindo o protocolo de segurança para evitar a transmissão do coronavírus.

Não contribuímos para a progressão da pandemia. Qualquer cidadão que frequenta restaurantes e bares que cumprem os protocolos sabe disso”, diz Percival Maricato, presidente da Abrasel, .

Maricato afirma que o fechamento dos bares e restaurantes estimula a realização de festas clandestinas, que não cumprem as medidas de segurança.

A ANR também diz que o setor não é responsável pelo aumento no número de casos.

Após a reabertura dos bares e restaurantes, com cumprimento de todos os protocolos de higiene, limitação de 40% das vagas e uso apenas das áreas internas, os casos passaram a cair gradativamente em São Paulo a partir de setembro e até o início de novembro. Ou seja, não há qualquer relação entre a abertura controlada de bares e restaurantes com a expansão da covid-19”, afirma a entidade em nota.

Ao tomar decisões para início imediato, as autoridades certamente ignoram também que as empresas compram produtos perecíveis que, com o fechamento, não podem mais ser usados para o consumo após alguns dias. Mais um prejuízo que o governo estadual certamente ignora.

Donos de bares e restaurantes protestaram na 6ª feira (22.), em São Paulo, contra a decisão de Doria. O protesto reuniu funcionários, gerentes e donos de estabelecimentos comerciais.

Doria se pronunciou sobre os protestos. “Não protestem pela morte, não contestem a vida. Estejam ao lado da medicina, da saúde, estejam ao lado da proteção, estejam ao lado da vida. Nós, aqui, continuaremos ao lado da vida”, declarou.