Em novembro, foi registrada a maior taxa de desemprego da série histórica da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Covid-19, iniciada em maio no Brasil, chegando a 14,2%.
O número corresponde a 14 milhões de pessoas desempregadas no país, um crescimento em relação ao mês de outubro, no qual foram registradas 13,8 milhões de indivíduos na mesma situação. Os dados foram divulgados hoje (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados ainda apontam para um aumento de 38,6% no número de desempregados desde o início do levantamento até novembro, o que representa um crescimento de 4 milhões de pessoas em situação de desemprego em 7 meses.
Por outro lado, a população ocupada subiu para 84,7 milhões, o que representa a primeira alta desde maio deste ano, com um aumento de 0,6% em relação ao mês de outubro.
“O aumento do índice de população ocupada é um reflexo das flexibilizações das medidas de isolamento no país e também da grande quantidade de profissionais reivindicando vagas no mercado de trabalho”, comenta Thomas Carlsen, co-fundador e COO da mywork, startup especializada em controle de ponto online e gestão de departamento pessoal para pequenas e médias empresas.
“É interessante observarmos a importância que as PMEs têm neste cenário de retomada dos postos de trabalho: em outubro, por exemplo, essas empresas geraram 271 mil postos de trabalho no país, o que mostra a agilidade de tais negócios na retomada de empregos”, avalia Thomas.
No entanto, o levantamento indica que menos da metade da população em idade para trabalhar (maior de 14 anos) está ocupada, ficando em 49,6% no mês de novembro.