A Dasa, em parceria com o Instituto Ipsos, lança hoje o Radar Dasa da Saúde, um estudo qualitativo e inédito sobre a percepção do brasileiro em relação à saúde. A pesquisa está dividida em duas etapas: a primeira aponta comportamentos da população quanto aos hábitos e às atitudes e, a segunda, traz informações valiosas sobre a realização de exames de diagnóstico e os cuidados relativos à prevenção de doenças. Para deixar o conteúdo ainda mais completo, são apresentados dados robustos de fontes como Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) –, além de estatísticas próprias de exames de diagnóstico realizados nos mais de 700 laboratórios da Dasa espalhados pelo País.
“Em um mundo dotado de inovação e tecnologia e que oferece os mais avançados recusos de diagnóstico para a prevenção de doenças, faz todo o sentido para a Dasa identificar como o brasileiro percebe sua saúde. A partir deste levantamento, podemos direcionar esforços para difundir informações e conhecimentos especializados que melhorem a qualidade de vida dos brasileiros”, ressalta Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa.
A pesquisa foi realizada pela Ipsos, por meio do Pulso Brasil, com 1.200 entrevistas pessoais e domiciliares em 72 municípios em todo o País. A margem de erro é de três pontos percentuais e a amostra é proporcional à população brasileira que vive em áreas urbanas, considerando gênero, faixas etárias, grau de instrução e atividade econômica descrita pelos dados oficiais do IBGE. No caso das estatísticas apresentadas pela Dasa, os exames foram realizados entre janeiro de 2017 e agosto de 2018 e foram separados por faixa etária, gênero, estado de residência, tipo de serviço e unidade Dasa utilizada. Vale ressaltar que o público Dasa é constituído principalmente por pessoas que utilizam o plano de saúde (24% da população, segundo a ANS – Agência Nacional da Saúde) para pagar os serviços.
Principais achados
Na primeira fase, pautada na percepção da população quanto aos ‘Hábitos e Atitudes para a Saúde’, 80% dos brasileiros mostram-se positivos sobre suas condições de vida e saúde. Para aqueles com renda acima de cinco salários mínimos e escolaridade superior, a percepção positiva fica ainda maior. No que tange o local da habitação, 82% das pessoas com curso superior contra 70% das pessoas com baixa escolaridade se sentem mais satisfeitas. Embora as pessoas reconheçam a importância de se cuidar, sabem que precisam melhorar os hábitos de saúde – enquanto somente 24% admite que consegue se cuidar, 57% se cobra mais cuidados com esse quesito, levando em consideração um percentual mais elevado nas classes C e D. Nas classes A e B, a satisfação com a saúde é maior e também entre as mulheres se mostra mais presente.
No que diz respeito a assuntos sensíveis, como o tabagismo e o consumo de álcool, os números são favoráveis. Grande parte dos brasileiros declara que não fuma, sendo 79% nunca, 15% fuma diariamente e 6% é fumante ocasional. No recorte da parcela feminina da população, apenas 12% se declara fumante. No caso do consumo de álcool, praticamente metade dos brasileiros (47%) diz não consumir nada, 21% bebe raramente ou menos de uma vez por semana e, por fim, 21% bebe socialmente em um ritmo de um a dois dias na semana.
Um fator de risco preocupante é o da obesidade e a alimentação. Afinal, 54% da população está acima do peso – sem diferença entre idade e renda – e isso está em linha com um fenômeno global, que está em evolução há alguns anos. Desse montante, 19% é considerado obeso e, entre os idosos, essa proporção quase dobra. No que diz respeito à prática de atividades físicas, os dados não são muito animadores – nos últimos 12 meses, 66% das mulheres e 57% dos homens não fizeram nenhum exercício. Apenas 37% da população pratica atividades físicas de intensidade moderada pelo menos 150 minutos na semana. Outro aspecto que preocupa é o sono, pois mais de 58% dos brasileiros têm o sono interrompido ao menos uma noite por semana e 16% raramente ou nunca têm uma noite contínua de sono.
Na segunda fase, focada em ‘Prevenção e Cuidados’, nota-se que 58% das pessoas só vão ao médico quando estão, efetivamente, doentes. E, as mulheres, acabam realizando mais consultas e exames do que os homens. Ao se comparar a frequência de uso dos serviços do SUS (Sistema Único de Saúde) e dos serviços particulares, há uma sobreposição de formas de pagamento, uma vez que 70% utiliza o SUS, 17% aproveita o plano de saúde e 14% paga como particular. No recorte de realização de exames, a saúde feminina acaba sendo mais cuidada, embora nem metade das mulheres tenham feito o exame ginecológico preventivo no SUS e, nas mulheres com mais de 66 anos, o número se mostra ainda menor.
Estatísticas Dasa
Em seus mais de 700 laboratórios, a Dasa realiza cerca de cinco mil tipos de exames diferentes, entre análises clínicas, anatomia patológica, imagem e testes genéticos. Nessa pesquisa, vale ressaltar alguns dados, que contribuem com a prevenção de doenças que podem ser fatais. Em 2018, por exemplo, a Dasa promoveu a realização de mais de 425 mil exames referentes a monitoramento, controle e diagnóstico de doenças cardiovasculares. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, no Brasil, são registradas mais de mil mortes ao dia decorrentes de doenças cardiovasculares.
Outra contribuição importante é na frente de mamografia. O Brasil segue a recomendação mundial atualizada em 2015, que sugere a realização do exame a cada dois anos, a partir dos 50 anos. No entanto, um estudo da Socidade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia revelou que o SUS realizou em 2017 apenas 2.7 milhões de mamografias contra a meta esperada de 11.5 milhões.
No contexto das infecções sexualmete transmissíveis, é três vezes maior o número de jovens adultas (de 25 a 34 anos) que realizam exames em laboratórios da Dasa para detecção de infecção por HIV/AIDS. Os homens são mais relapsos nesse sentido e, em todas as faixas etárias, investigam muito menos do que as mulheres. A hepatite B tem o mesmo perfil das demais infecções sexualmente transmissíveis. A maior parte dos pacientes Dasa examinados pela doença têm entre 25 e 44 anos e faz a detecção precoce para se prevenir de eventuais complicações posteriores, tais como a cirrose e o câncer de fígado.
Por fim, achados sobre as doenças relacionadas ao Aedes aegypti, apresentaram regresso de 2017 para 2018. Mas, infelizmente, a dengue ainda permanece com índices altos, e há novas doenças relacionadas com o mesmo vetor, como zika e chikungunya. Entre os pacientes Dasa testados para as três infecções, a faixa etária predominante é de 25 a 44 anos, com mulheres em sua maioria. Mas esses testes ainda não são expressivos na rotina dos laboratórios se comparados às demais investigações de rotina.
“A Dasa processa expressivo volume de exames, mais de 250 milhões por ano, e têm unidos esforços para usar os recursos tecnológicos e inovadores, como big data, inteligência artificial e data analytics para traduzir suas estatísticas, acumuladas ao longo dos anos em curadoria de conteúdo. Estas informações poderão alimentar políticas de saúde e estratégias de comunicação para a sociedade”, finaliza Gasparetto.
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