Como o Magalu ganha com Netshoes e Zattini

A aquisição da Netshoes e da marca Zattini, realizada em junho por 115 milhões de dólares, é uma parte essencial para o plano da varejista e deu a ela a entrada para um novo mundo, de vendas de vestuário e calçados pela internet.

O varejista online de calçados e artigos esportivos, além de sua marca de moda, já mudaram o mix de produtos vendidos pelo Magalu. Se no ano passado eletrônico, eletrodomésticos e móveis representavam 50% das vendas, hoje essa participação é de 26%. Já moda e beleza são responsáveis por 41% das vendas e outros produtos correspondem a 31%.

O Magazine Luiza já tinha comprado a loja online de cosméticos Época em 2013 e, em abril, passou a vender livros, produtos que são a âncora da concorrente americana Amazon e do Submarino, controlado pela brasileira B2W.

Eletrônicos, que são uma das principais categorias do Magalu, já têm 23,6% de vendas pela internet no Brasil. Já as categorias de moda e beleza têm 4% e 2,8% de vendas online, respectivamente, mas nos EUA a participação é de 21,1% e de 13,5% respectivamente. “Olhamos para onde está o dinheiro e as oportunidades de crescimento rápido. Está claro por onde devemos começar”, disse Galanternick durante evento com investidores e analistas.

O Netshoes também ajudou a companhia a ganhar novos consumidores: foram 6 milhões de clientes adicionados com a transação, chegando a 13 milhões, alta de 125% em relação ao ano passado. O Netshoes passou a ter acesso à rede de lojas do Magazine Luiza. Em novembro, a companhia iniciou as retiradas em loja das compras do Netshoes feitas pela internet. Em um mês, foram 12 mil pedidos retirados nas 12 lojas cadastradas. Segundo o diretor, muitos desses clientes nunca haviam entrado em uma loja do Magalu.

Foto: Netshoes: Ao vender itens de vestuário, calçados ou de mercado, o Magalu aumenta a frequência de compra do cliente (Germano Lüders/EXAME)