O Brasil aplicou ao menos uma dose de vacina contra a Covid-19 em 70% da população. Essa taxa coloca o país na 37º posição no ranking de países com maior taxa de habitantes com pelo menos uma injeção, segundo dados compilados pela Bloomberg. A posição representa um grande avanço para a campanha de vacinação brasileira. No fim de maio, o país estava no 73ª lugar na mesma lista.
O Brasil está à frente de muitos países desenvolvidos, incluindo Alemanha (67,5% da população com ao menos uma dose), Japão (67,5%), Nova Zelândia (64,4%) e Estados Unidos (64%). Na América do Sul, o país é o terceiro com a maior taxa, atrás apenas do Uruguai e Chile, ambos com 77,4%.
No que diz respeito à conclusão do esquema vacinal, porém, o quadro é bem menos favorável para o Brasil. Com apenas 40,6% da população totalmente imunizada com duas doses ou a vacina da Janssen, o país está no 83ª lugar da lista. A discrepância pode ser explicada pelo longo intervalo adotado pelo Ministério da Saúde para aplicação das vacinas da Pfizer-BioNTech e Oxford-AstraZeneca e pelo grande número de pessoas com a segunda dose em atraso.
Nos próximos meses, é esperado que a taxa de brasileiros totalmente imunizados aumente mais rapidamente, já que houve redução do intervalo entre as doses da Pfizer de 12 para 8 semanas. O mesmo deveria ter acontecido com a vacina de Oxford, mas isso não foi possível devido ao desabastecimento do imunizante, produzido e distribuído pela Fiocruz.
No último mês, diversas cidades relataram falta da vacina para a aplicação da segunda dose. Para este mês, o Ministério da Saúde estima receber 14,7 milhões de doses do imunizante.
De acordo com levantamento realizado por VEJA, até sexta-feira, 24, 148,7 milhões de brasileiros já receberam a primeira injeção contra a doença ou a dose única da Janssen. Destes, 85,6 milhões, o que corresponde a 40,7% da população, completaram o esquema de imunização.