A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quinta-feira (02), mais um pacote de medidas para o crédito imobiliário, diante dos efeitos econômicos causados pela pandemia de coronavírus. Há novidades para pessoas físicas e para construtoras.
Entre as medidas, o banco anunciou a criação de uma linha de crédito para o pagamento do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) e dos custos com cartórios para pessoas físicas. E a partir do dia 13 de julho, a Caixa passa a permitir o registro eletrônico dos financiamentos de imóveis.
Para as construtoras, o pacote facilita o acesso ao financiamento, ao flexibilizar as exigências para concessão do crédito. “São medidas objetivas para atender as demandas do segmento imobiliário, que analisamos e vimos que temos capacidade para atender matematicamente”, diz o presidente do banco, Pedro Guimarães.
Tanto o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que tem taxas reguladas e é voltado a imóveis de menor valor, quanto o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) – que engloba imóveis acima de R$ 950 mil no RJ, em SP, MG e no DF ou acima de R$ 800 mil no resto do país -, utilizam os recursos do SBPE em suas linhas de crédito.
Guimarães disse que houve um aumento de 22% nas contratações de crédito entre janeiro e junho de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019. “Em 2020 estamos fechando uma média de 2 mil contratos habitacionais por dia e com 873 mil pessoas com a casa própria. Só em junho, foram R$ 11,1 bilhões em contratos”, disse.
Jair Luiz Mahl, vice-presidente de Habitação da Caixa, afirmou que o resultado do mês de junho foi histórico. “No mês, 55 mil famílias assinaram contratos, o que mostra a pujança e a solidez do enfrentamento do setor nesse momento duro. Hoje a Caixa conta com 69,1% de market share da carteira imobiliário do mercado”, diz.
Confira o pacote de novas medidas anunciadas:
Pessoas físicas
Desde de abril, quando o banco anunciou, entre outras medidas, seis meses de carência para financiamentos de imóveis novos, 26 mil novos contratos habitacionais foram fechados. “É um alívio no orçamento das famílias essa pausa no pagamento da primeira prestação”, disse Mahl.
*Com informações InfoMoney