Aeroportos da região Norte batem recorde de passageiros e alcançam maior fluxo no mês de abril

Belém, Manaus e Porto Velho lideram o crescimento; investimentos em modernização reforçam preparação da região para a COP 30 e ampliam a integração da Amazônia

Os aeroportos do Norte do Brasil registraram, em abril, um marco histórico: mais de 888,4 mil passageiros embarcaram e desembarcaram nos terminais da região, consolidando o maior volume de viajantes para o mês nos últimos cinco anos. Em relação ao mesmo período de 2024, o crescimento foi expressivo: quase 13%. Do total de viajantes, 864.262 utilizaram voos domésticos, enquanto 24.145 embarcaram ou desembarcaram em voos internacionais.

Aeroporto de Belém – Foto: Infraero

No centro desse crescimento está o Aeroporto de Porto Velho, em Rondônia, com um aumento expressivo de 59,3%, com 52.369 passageiros transportados, frente aos 32.860 registrados no mesmo período do ano anterior. Em seguida vem o Aeroporto Internacional de Belém – Júlio Cezar Ribeiro (Val-de-Cans), que respondeu por 34,3% de todo o tráfego aéreo da região, com aproximadamente 305 mil passageiros movimentados. Em terceiro lugar destaca-se o Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes, responsável por 27,4% do fluxo, o equivalente a 243 mil viajantes.
Juntos, Belém e Manaus, representam mais de 61% de toda a movimentação aérea da Região Norte, reforçando o papel estratégico dos dois terminais como principais portas de entrada e saída da Amazônia, fundamentais para a logística, o turismo e a integração regional.
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os números confirmam o acerto das políticas de investimento e infraestrutura adotadas pelo Governo Federal. “Estamos trabalhando para que a Região Norte esteja cada vez mais conectada com o Brasil e com o mundo, e preparada para o futuro. Esses números demonstram o compromisso do governo com o desenvolvimento e a integração e mostram que estamos no caminho certo”, afirmou.
Além de Porto Velho, Belém e Manaus, outros aeroportos da região também apresentaram desempenho expressivo. Destacam-se os terminais de Palmas (TO), que registrou um crescimento de 13,25% no número de passageiros, passando de 52.051 em 2024 para 58.951 em 2025, e de Macapá (AP), que teve um aumento de 3,8%, com 45.817 passageiros este ano, frente aos 44.119 do ano anterior.
COP 30
O movimento de passageiros na região deve crescer ainda mais. A cidade de Belém se prepara para um dos maiores eventos internacionais, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em novembro. A expectativa é que milhares de representantes de governos, especialistas e ativistas ambientais de todo o mundo desembarquem na capital paraense.
Para receber esse público, o Aeroporto Internacional de Belém passa por uma ampla modernização. Sob gestão da concessionária Norte da Amazônia Airports (NOA), o terminal está recebendo um investimento de R$ 470 milhões. A reforma prevê quase quadruplicar a capacidade diária de atendimento, garantindo uma infraestrutura moderna e eficiente que deixará um legado duradouro para a cidade e para a aviação regional.

Entre as melhorias, destacam-se a ampliação da área de embarque de 1,5 mil m² para 4,3 mil m² — quase o triplo — e a criação de dois novos mezaninos no saguão principal. O primeiro pavimento ganhará uma nova praça de alimentação e sistemas modernos de climatização, iluminação e abastecimento elétrico, com fontes 100% renováveis.
Além disso, está em construção um novo pátio para aumentar as posições de estacionamento de aeronaves. As cabeceiras 20 e 24 também serão equipadas com o sistema PAPI (Precision Approach Path Indicator), que auxilia os pilotos na aproximação à pista de pouso, elevando os padrões de segurança.
As obras incluem ainda a restauração dos pavimentos do pátio, taxiways, sinalização horizontal, pista de pouso e decolagem, bem como a modernização e automação do balizamento noturno.
O avanço da aviação civil na Amazônia não apenas reforça a importância estratégica da região para o Brasil e o mundo, mas também sinaliza o compromisso do Governo Federal com o desenvolvimento, a integração e a sustentabilidade na maior floresta tropical do planeta.