PUBLICIDADE

mundo

Entre as revelações dramáticas da entrevista do príncipe Harry e de Meghan Markle concedida à Oprah na semana passada, está o fato de que a família real cortou recursos financeiros ao casal, deixando-os responsáveis ​​pelo custo significativo de prover sua própria segurança. A conta anual de segurança do duque e da duquesa de Sussex pode facilmente variar entre US$ 2 e US$ 3 milhões para proteção 24 horas por dia, de acordo com quatro especialistas em segurança entrevistados pela Forbes. O porta-voz do casal não quis comentar.

Para onde vai todo esse dinheiro? Para começar, eles provavelmente usam uma combinação de guardas e dispositivos eletrônicos para proteger a mansão em Montecito. Mas, como qualquer celebridade de Hollywood pode atestar, as necessidades de segurança do casal vão muito além dos quase 29 mil m² da propriedade em que residem. Eles precisarão de equipes para explorar os locais antes de qualquer visita planejada e fornecer veículos para escoltá-los com segurança. Especialistas em segurança monitoram também redes sociais de forma contínua e mantêm contato com a polícia local para identificar ameaças e, possivelmente, usam iscas para desviar paparazzis.

“Ele já perdeu a mãe por falta de avaliação de risco em situações como essa”, disse D-Teflon do APA Celebrity Protection Group, responsável pela segurança de celebridades como Justin Timberlake, 50 Cent e Kiefer Sutherland, fazendo referência à perseguição dos paparazzis à princesa Diana, que culminou no acidente fatal em 1997. “Ele precisa pensar: ‘Eu quero que minha esposa e meu filho tenham o mesmo destino?’”

A Metropolitan Police, que protege a família real em todo o mundo, parou de fornecer segurança quando Harry e Meghan deixaram seus cargos de membros ativos da realeza enquanto estavam no Canadá ano passado. Quando o casal se mudou para Los Angeles em abril de 2020, inicialmente ficaram em uma casa de propriedade do bilionário produtor cinematográfico Tyler Perry, que forneceu segurança aos dois. Mas desde que decidiram morar em Montecito, uma comunidade litorânea no condado de Santa Bárbara, o príncipe Harry e Meghan são os responsáveis por pagarem a conta.

Kent Moyer, presidente-executivo do The World Protection Group, uma empresa de segurança localizada em Beverly Hills, disse que o príncipe Harry cometeu um erro ao comprar a propriedade em seu nome, o que tornou o endereço da família disponível em registros públicos.

“Levaria 10 minutos para andar pela região e encontrar a propriedade”, afirma Moyer.

A empresa que está protegendo a família levou isso em consideração ao realizar uma avaliação inicial de vulnerabilidade da propriedade, que leva em consideração o potencial para terremotos, incêndios florestais e outros desastres naturais, além do layout da casa e do terreno ao redor. Moyer diz que gosta de utilizar drones para patrulhar o perímetro de propriedades de celebridades para detectar intrusos, apontar holofotes, capturar fotos e vídeos e, por fim, anunciar que precisam deixar a propriedade. Outros preferem usar cães treinados.

As maiores ameaças, no entanto, podem vir de dentro. Moyer disse que as vizinhas do duque e da duquesa, Ellen DeGeneres e Portia De Rossi, têm segurança em tempo integral e sensores em toda a propriedade. Mesmo assim, a casa foi roubada no verão passado no que foi caracterizado como um “trabalho interno”.

“Já trabalhei para clientes em que a pessoa mais perigosa era o chefe da segurança ou um amigo próximo”, conta Moyer. “Eles intencionalmente tentaram nos sabotar. Isso é uma grande preocupação.”

RISCOS
Mesmo as publicações em redes sociais podem deixar um cliente super famoso vulnerável, alertando ladrões quando uma celebridade está fora da cidade. Isso aconteceu em 2018, quando houve uma série de roubos em Hollywood, observa Jason D. Porter, da Pinkerton.

Sair de casa apresenta diferentes riscos. As equipes de segurança inspecionam o hotel, aeroporto ou local antes de qualquer visita planejada. Uma caravana de carros, normalmente liderada por um veículo de trilha, escolta o Príncipe Harry e Meghan até seu destino. Essa estratégia garante que em caso de uma parada no trânsito ou uma falha de segurança, eles teriam várias maneiras de escapar.

“Cada movimento tem que ser coreografado. Apenas uma simples ida a um café, em alguns casos, precisa ser estudada com antecedência”, afirma Anthony Davis, da AD Entertainment, que fazia a segurança dos Osbournes, Fleetwood Mac, Billy Idol e Michael Jackson durante a turnê “Victory”. “Existem pessoas suspeitas? A rua está movimentada? Há construção de estradas que nos limitaria e nos tornaria alvos enquanto estamos parados no trânsito? Há uma série de variáveis ​​que devem ser consideradas pela pessoa responsável por fornecer proteção para essas famílias e indivíduos.”

Os paparazzis representam um risco especial, como o príncipe Harry sabe pela trágica experiência pessoal. D-Teflon diz que certa vez acompanhou Morgan Freeman a um restaurante, quando um dos clientes compartilhou a localização do ator com um amigo. Enquanto se preparavam para sair, encontraram uma multidão de fãs e paparazzis do lado de fora do restaurante, uma situação com potencial de risco. Ele disse que gosta de contratar seguranças para posar de paparazzi e tirar os outros fotógrafos do caminho ou usar sósias de celebridades como iscas.

“Os paparazzis seguem o ruído e os cliques. Eu posso usar isso como uma distração, para eles irem para uma direção, enquanto estamos indo na direção oposta. Se uma perseguição em alta velocidade começar, eles estarão atrás da pessoa errada”, explica D-Teflon.