No próximo dia 26 de abril, acontecerá o plebiscito que pode acabar de vez com a atual constituição chilena, elaborada pelo ditador Augusto Pinochet em 1980.
Há pouco mais de uma semana foram iniciadas a campanha para o plebiscito constitucional e estão sendo organizadas no país grandes mobilizações.
Durante o mês de março e abril, é esperado que as manifestações sejam voltem a ser maiores. A grave feminista, no último domingo (8), é o primeiro dos grandes eventos esperados para marcar o novo período chileno.
Nesta segunda-feira (09), uma greve geral, que já conta com a adesão das principais organizações sindicais do país, é aguardada. Já na terça (10), data em que completa dois anos que presidente Sebastián Piñera está no poder, também são esperados protestos.
O que pode mudar com o plebiscito?
A Constituição imposta por Pinochet é modelo econômico neoliberal, que além de ser um dos mais antigos, também é um dos mais radicais do mundo. As revoltas no país tem como objetivo o fim deste marco legal. Os chilenos poderão escolher entre aprovar ou reprovar a ideia de uma nova Constituição.
Caso seja aprovada a nova constituição, os eleitores poderão decidir como ela será feita, através de uma assembleia constituinte, com todos os delegados eleitos exclusivamente para essa tarefa, ou o que se chama de “convenção mista”, na qual metade dos representantes serão políticos com mandato vigente.
(Foto: Martin Bernetii/AFP)
Fonte: Brasil de Fato