Com a taxa de juros em 4,25%, em sua mínima histórica, muitos questionam se ainda vale a pena investir em Tesouro Direto.
O título é popular entre reserva de emergência e investidores de perfil mais conservador, portanto, quem deseja menos riscos em um investimento.
Atualmente, segundo o Tesouro Nacional, cerca de 949.850 de pessoas investem em Tesouro Direto. Recentemente, em 2019, após alguns cortes da Selic, a renda variável passou a ser mais procurada pelos investidores, por sua maior rentabilidade, com isso, a Bolsa de Valores teve um boom no número de investidores, e hoje ultrapassa a marca de 1,5 milhão de investidores.
Com os investimentos de renda fixa aparentemente cada vez menos vantajosos, ainda vale a pena investir em Tesouro Direto?
Pedro Paulo Silveira, Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, explica como funciona o rendimento do Tesouro Direto.
“O título rende 100% da Selic, desse modo, caso a Selic permaneça 4,25% o rendimento projetado para um ano é de 3,44% líquido, já descontado o imposto de renda proporcional ao período”, explica.
Para melhor compreensão do cálculo, se houver uma aplicação de R$ 10.000, o rendimento liquido será de R$ 343,92 líquidos ao ano. Silveira pontua que mesmo com a queda da Selic, ainda se faz necessário investir em renda fixa.
“Mesmo com a redução da Taxa Selic, ainda sim é importante investir na renda fixa, pois é o investimento que você deixará caso precise do dinheiro em curto prazo”, afirma.
Silveira comenta que mesmo com juros baixos, o investidor ainda pode ter uma carteira diversificada sem correr grandes riscos.
“No entanto, até mesmo com juros baixos o investidor de renda fixa pode diversificar sua carteira com ativos com maior rentabilidade”.
Para o Economista-Chefe, vale ressaltar que os investimentos em Tesouro Direto correspondem a um perfil mais reservado de investidores, que buscam menos riscos.
“Também é importante destacar que o Tesouro é um investimento conservador e com um risco muito baixo de perder capital”. Ele afirma que a Selic pode voltar a subir a qualquer momento, isso de acordo com o cenário econômico, tanto doméstico, quanto global.
“A Selic pode voltar a subir dependendo das condições do mercado nacional e mundial”, conclui.