Sinais que indicam que as finanças da sua empresa vão mal

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), metade das empresas encerra as atividades após três anos de funcionamento. Isso serve como um sinal de alerta para os empreendedores que não querem compartilhar desse mesmo destino.

Para não cair em armadilhas que levam a dificuldades financeiras, é importante ter as contas na ponta do lápis, estar atento ao cenário econômico, ao mercado de atuação da empresa e às tendências de consumo. Adelmo Nunes, contabilista e diretor da Planned Soluções Empresariais, lista oito condições que podem comprometer a sobrevivência e dá dicas de como superar as dificuldades:

Estagnação ou diminuição das vendas: é o principal motivo de redução das margens de lucro e da queda do faturamento. Precisa ser identificada precocemente, por meio dos controles fiscais da empresa. Feito isso, é necessário entender onde está a falha de captação de novos clientes e criar estratégias para corrigi-la.

Precificação incorreta dos produtos/serviços: os custos de produção precisam ser devidamente apurados antes de aplicada a margem de lucro nos produtos e serviços comercializados.

Falta de disciplina financeira: a gestão precisa ser profissionalizada. O caixa deve ser gerido diária e rigorosamente, milagres não acontecem. A exata previsão das saídas e a gestão das incertas entradas, combinadas com a fonte de financiamento escolhida, é medida fundamental.

Pós-venda deficitário: A percepção do cliente deve ser respeitada. Reclamações sobre problemas nos produtos e serviços precisam ser tratadas com atenção. Se o cliente perde a confiança no produto ou serviço, perde a confiança na empresa. Ter um SAC ativo é fundamental.

Falta de transparência: na hora da venda, é importante oferecer o máximo de informações necessárias para que o consumidor faça uma compra consciente. Isso evita retrabalho.

Queda na produtividade: as operações da empresa precisam ser enxutas. Para tanto, é preciso avaliar se as tarefas estão se sobrepondo ou se há necessidade de refazê-las. Caso isso aconteça, o processo precisa ser revisto e ajustado.

Pagamento de contas em atraso: quaisquer que sejam — salários, impostos, fornecedores –, mostram que a empresa está em apuros e que o controle sistemático dos dados contábeis não têm sido uma prioridade. Será preciso renegociar dívidas e propor o parcelamento dos débitos, reduzindo ainda custos fixos.

Endividamento: fazer uso do cheque especial ou utilizar linhas de crédito para manter a atividade é sinal de que a empresa precisa ser reestruturada. A manutenção de recursos onerosos de terceiros financiando a atividade deve ser temporária.