Especialista explica que não é preciso ter medo do câmbio

O mercado de educação internacional se transformou de forma gratificante nos últimos anos com um aumento na oferta de opções para estudantes do Brasil, surgindo diversas possibilidades para pessoas com renda menos favorecida e alternativas para quem deseja estudar e trabalhar na área de formação, e até mesmo opções para quem pretende ter um futuro profissional em outro país.

Segundo Marcelo Melo, especialista em carreira e educação internacional e sócio diretor da IE intercâmbio, é possível avaliar um crescimento contínuo do aumento de alunos focados em capacitação internacional e mais brasileiros globalmente qualificados.

E independentemente das questões político e econômicas do país, quando estamos em “crise”, os brasileiros veem na educação internacional uma solução para se manter no mercado de trabalho, mas logo se deparam com as variações cambiais.

Para não sofrer com o câmbio, o especialista em carreira e educação internacional explica que “O ideal é utilizar como referência o câmbio turismo e não o câmbio comercial que muitas vezes é noticiado. Isso porque, todo o valor recebido no Brasil tem como destino o exterior. Também é importante entender sobre flutuação cambial, pois a notícias de alta no câmbio assustam e adiam planos. Na prática são dois caminhos a serem seguidos: se o pagamento for com cartão de crédito, no ato da matrícula é definido o câmbio das parcelas em reais e esse valor não será modificado.

No caso de pagamento em reais (sem cartão de crédito) o melhor conselho é não manter as economias em reais, dessa forma o aluno vai amortizando os valores em moeda estrangeira e no decorrer de alguns meses terá uma câmbio médio que não inviabilize o orçamento da viagem”.

Um exemplo prático: no final de Agosto de 2018 o dólar turismo estava R$ 4,29, final de setembro R$ 4,15 e final de outubro R$ 3,87. Nesses três meses, tivemos um valor médio de R$ 4,10 para o dólar americano. Considerando como exemplo, um intercâmbio de US$ 3000, estamos falando de uma variação de R$ 570 entre o câmbio mais alto e o câmbio médio. Para um investimento de R$ 12 mil reais, “o custo adicional de 5% a 10% poderá ser assimilado no custo total, se você considerar que adiar a viagem ou esperar o câmbio perfeito é um risco de perder oportunidades por você não falar inglês ou não ter uma experiência internacional”, ressalta Marcelo Melo.