Advogado dá dicas para quem, por ventura, enfrenta problemas com voos

Quem não está livre de passar por problemas com alguma companhia aérea, ainda mais quem está constantemente em ponte aérea? E mais… e se isso estiver relacionado às férias, quando a expectativa de chegar ao destino é ainda maior?

Sobre o assunto, o advogado João Freitas, do escritório João Freitas Advogados Associados, traz uma situação bastante embaraçosa sobre o tema. Leia como isso pode ser solucionado.

Meu marido, eu e nossos filhos, planejamos nossas férias no Caribe. As passagens foram compradas com conexão no Rio de Janeiro. Ao chegarmos no referido aeroporto, nossa viagem atrasou mais de 5 horas para prosseguir. Ficamos sem qualquer auxílio, informação e atenção que merecíamos naquele momento. Achamos um descaso, ainda mais porque minha filha estava grávida e não passou bem! Tentamos recorrer ao balcão da cia aérea relatando os fatos, mas nada foi feito. Gostaria de saber quais são os nossos direitos durante uma situação de espera e o que podemos fazer após todo esse transtorno?

Realmente sua situação foi lamentável, e ainda, custa acreditar que atualmente uma cia aérea possa tratar seus passageiros e clientes desta forma. Enquanto esperavam alguma posição, a cia aérea deveria providenciar toda a assistência material a vocês, tentando reduzir todos os problemas, naquele momento, causados. A atitude correta, inicialmente, seria comunicar os passageiros sobre o atraso e o motivo, bem como, quais providências seriam tomadas para solucionar o problema, além de mantê-los informados, a cada 30 minutos, sobre a previsão de partida do voo atrasado.

Segundo sua informação, a espera foi de 5 horas, portanto, a cia aérea deveria ter disponibilizado Internet, ligações por telefone, lanche, bebida, acomodação num hotel ou pousada e transporte. Caso o atraso fosse de 1 hora, a empresa aérea deveria providenciar ao seu passageiro: internet e ligações por telefone e, se o atraso fosse de 2 horas, a empresa aérea deveria providenciar ao seu passageiro: Internet, ligações por telefone, lanche e bebida.

Por fim, sugiro que procure um advogado e requeira no Juizado Especial Cível da sua cidade, uma indenização por danos morais e materiais, principalmente porque vocês estavam com uma passageira grávida que, inclusive, não passou bem. Portanto, todo o sofrimento gerado deverá ser reparado financeiramente, para que na próxima, a empresa aérea pense duas vezes antes de cometer o mesmo erro e desprezo.