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 - REVISTA MAISJR

(Crédito: Reprodução)

O Brasil fechou 2018 com saldo positivo de 529,5 mil novos empregos formais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Foi o melhor resultado desde 2013 e o primeiro saldo positivo desde 2014, quando houve geração de 420,6 mil empregos formais.

No acumulado do ano, o emprego celetista cresceu em todas as regiões do país. O Sudeste teve o melhor desempenho, com 251,7 mil novos postos (+1,27%), seguido pelo Sul (102,2 mil postos, +1,45%), Nordeste (80,6 mil postos, +1,30%), Centro-Oeste (66,8 mil postos, +2,14%) e Norte (28,1 mil postos, +1,65%).

Das unidades federativas, 23 registraram expansão do emprego. Os melhores resultados foram de São Paulo, com 146,5 mil novas vagas (+1,24%); Minas Gerais, com 81,9 mil (+2,10%); Santa Catarina, com 41,7 mil (+2,13%); e Paraná, com 40,2 mil (+1,57%). Apenas Alagoas (-157 vagas, -0,04%), Roraima (-397 vagas, -0,76%), Acre (-961 vagas, -1,23%) e Mato Grosso do Sul (-3,1 mil vagas, -0,61%) tiveram redução no saldo.

Entre os ramos de atividade, o setor de Serviços liderou a retomada do emprego no ano, com saldo de 398,6 mil novos postos (+2,38%). Destaque para os subsetores de Comércio e Administração de Imóveis, Valores Mobiliários e Serviço Técnico (+165,9 mil empregos, +3,60%), Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários (+88,9 mil empregos, +4,31%) e Serviços de Alojamento, Alimentação, Reparação, Manutenção, Redação (+68,1 mil empregos, +1,21%).

O Comércio teve o segundo melhor desempenho, com saldo superior a 102 mil novas vagas (+1,13%), seguido pela Construção Civil, que abriu 17,9 mil novos postos de trabalho (+0,89%), e os Serviços Industriais de Utilidade Pública (Siup), com 7,8 mil vagas abertas (+1,95%).

Também apresentaram expansão do emprego celetista no ano passado a Agropecuária, com saldo de 3.245 postos de trabalho (+0,21%); a Indústria de Transformação, que registrou saldo de 2,6 mil novas vagas (+0,04%); e o setor Extrativo Mineral, com 1,4 mil postos abertos (+0,78%). Apenas a Administração Pública teve retração no acumulado do ano (-4,1 mil vagas, -0,54%).

Dezembro

Em decorrência da sazonalidade negativa do mês em alguns setores de atividade, o mercado formal teve retração em dezembro.  A queda do saldo no mês (-334,4 mil postos) foi resultado de 961,1 mil de admissões e 1,2 milhão de desligamentos. Apesar de ser, historicamente, um período de retração, o último mês de 2018 pode ser considerado o segundo melhor para o mercado formal desde dezembro de 2007, quando foram fechadas 319,4 mil vagas.

A sazonalidade típica do mês se refletiu no desempenho dos setores da Indústria de Transformação (-118 mil postos), Serviços (-117,4 mil postos), Construção Civil (-51,5 mil postos), Agropecuária (-47,6 mil postos), Administração Pública (-16,9 mil postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-1,4 mil postos) e Extrativa Mineral (-1 mil postos). O saldo negativo nestes setores resultou de fatores como a paralisação das obras na Construção Civil pelo regime de chuvas, a entressafra agrícola na Agropecuária, as férias nos Serviços de Educação e os ajustes no quadro de pessoal das indústrias depois de atendidas as encomendas de fim de ano. Já o comércio se destacou positivamente, com abertura de 19,6 mil novos postos. O resultado foi impulsionado pelo subsetor do Comércio Varejista (21,9 mil postos formais).

Segundo o Caged, cinco regiões apresentaram retração do emprego formal no último mês do ano:  Sudeste (-167,2 mil postos, -0,83%), mais do que o dobro da região Sul (-71,7 mil postos, -0,99%), Nordeste (-43,9 mil postos, -0,70%), Centro-Oeste (-39,2 mil postos, -1,22%) e Norte (-12.283 postos, 0,71%). Da mesma forma, a variação foi negativa nas 27 Unidades Federativas. Os menores saldos de emprego ocorreram em São Paulo (-110,2 mil postos, -0,91%), Minas Gerais (-38,7 mil postos, -0,97%), Paraná (-26,8 mil postos, -1,02%), Santa Catarina (-22,6 mil postos, -1,12%), e Rio Grande do Sul (-22,2 mil postos, -0,87%).

O salário médio de admissão em dezembro de 2018 foi de R$1.531,28, e o salário médio de desligamento, de R$1.729,51. Em termos reais (deflacionado pelo INPC), houve crescimento de R$ 2,88 (0,19%) no salário de admissão e de R$ 40,59 (2,40%) no de desligamento, em comparação ao mês anterior. Em relação a dezembro de 2017, houve aumento real de R$ 3,14 (0,21%) para o salário médio de admissão e perda real de R$ 24,43 (-1,39%) para o salário de desligamento.