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O setor de serviços no Brasil ficou estável pela segunda vez consecutiva em novembro, na comparação com o mês anterior (0,0%). Em relação a novembro de 2017 (série sem ajuste sazonal), o volume de serviços cresceu 0,9%, quarta taxa positiva seguida, fato que não acontecia desde 2014. Já o acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -0,2% em outubro para 0,0% em novembro, interrompeu uma sequência de 41 taxas negativas, mantendo trajetória crescente desde abril de 2017 (-5,1%).
Apesar da variação nula, houve taxas positivas em termos setoriais, nos serviços de informação e comunicação (0,8%), que cresce há três meses seguidos e acumula ganho de 1,4%; transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,3%), serviços prestados às famílias (0,4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%). A única influência negativa veio da atividade de outros serviços (-0,2%), que devolveu pequena parte do avanço registrado em outubro.
De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, o setor não costuma mostrar uma volatilidade tão grande quanto a apresentada nos meses logo após a greve dos caminhoneiros iniciada em maio. “Agora, o setor está 0,2% acima de abril, o período pré-greve [dos caminhoneiros], e 0,3% abaixo de dezembro de 2017. Ou seja, com todo o distúrbio da greve, é como se essa parte da economia não tivesse se movimentado em relação ao fim do ano passado”, explica.
Em relação a novembro de 2017, o volume de serviços cresceu 0,9%, com avanços em quatro das cinco atividades e em 48,8% dos 166 tipos de serviços investigados. A contribuições positivas vieram dos serviços de informação e comunicação (1,2%); serviços prestados às famílias (3,1%), outros serviços (3,7%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,6%). A única queda foi em serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%).
Houve retrações em 20 dos 27 estados, apesar da estabilidade no total dos serviços (0,0%) entre outubro e novembro. Entre os locais que tiveram queda, destaque para o Rio de Janeiro (-2,4%), que acumula perda de 4,8% nos últimos três meses. Por outro lado, a principal contribuição positiva veio de São Paulo (0,7%), que acumula um ganho de 2,2% desde agosto.
Em relação a novembro de 2017, a expansão do volume de serviços no Brasil (0,9%) foi acompanhada por apenas 6 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (4,9%), com avanços em todas as cinco atividades, destacando-se serviços de informação e comunicação (8,6%), serviços profissionais, administrativos e complementares (3,5%) e outros serviços (10,0%). Por outro lado, a influência negativa mais importante veio do Rio de Janeiro (-8,4%), com três dos cinco setores mostrando recuo, destacando-se as perdas em serviços de informação e comunicação (-19,0%).