A inflação que serve de referência para reajustar os preços do aluguel, medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), fechou o mês de setembro com variação de 1,52% – mais que dobrando em relação aos 0,70% relativos ao mês de agosto (alta de 0,82 ponto percentual de um mês para outro).
Os dados foram divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre) e indicam que a taxa acumulada nos últimos 12 meses chegou a 10,4%, enquanto a inflação acumulada no ano ficou em 8,29%. Em setembro do ano passado, o índice subiu 0,47% e acumulou queda de 1,45% em 12 meses.
A alta reflete aceleração de preços do Índice de Preços ao Produtor (IPA), que tem peso de 60% na composição do IGP-M, e do Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30%.
Preços ao produtor
A principal pressão inflacionária em setembro veio do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que passou de 1,0% em agosto para 2,19% em setembro – alta de 1,19 ponto percentual.
Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 1,0% em setembro, contrai nflação negativa de 0,12% no mês anterior. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa de variação passou de 0,02% para 8,21%, no mesmo período.
O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, registrou alta de 0,45% em setembro, ante 0,24% de agosto; enquanto o grupo Bens Intermediários avançou de 0,80% para 2,24% em setembro.
Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,75% em setembro, ante 0,83% em agosto, e o grupo Matérias-Primas Brutas subiu 3,53% em setembro. Em agosto, o índice registrou alta de 2,61%.
IPC e INCC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechou setembro com alta de 0,23 ponto percentual, ao passar de 0,05% para 0,28% de agosto para setembro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram avanço em suas taxas de variação.
A principal contribuição partiu do grupo Transportes, que saiu de uma deflação de 0,29% para uma alta de 0,59%. Também apresentaram avanço em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,41% para 0,52%), Vestuário (-0,44% para 0,57%), Alimentação (-0,15% para 0,01%) e Despesas Diversas (0,41% para 0,46%).
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,17% em setembro, contra 0,30% em agosto. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços ficou em 0,38%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,65%. O índice que representa o custo da mão de obra não registrou variação pelo segundo mês consecutivo.
Fonte: EBC – Agência Brasil: Nielmar Oliveira