Momento do mercado é de boas oportunidades para investir em fundos de ações

 

A decisão do Banco Central de reduzir gradualmente a Taxa Básica de Juros desanimou muitos investidores acostumados a aplicar em renda fixa, como CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e a conhecida caderneta de poupança – todos com ganhos atrelados à Selic.

Mas, se a queda dos juros pode comprometer os ganhos com renda fixa, a bolsa de valores brasileira vem mostrando uma forte tendência de recuperação e até batendo recordes nas últimas semanas.

Comprar ações costuma causar insegurança nos investidores mais conservadores por causa da complexidade em acompanhar o desempenho das empresas de capital aberto, os setores em que atuam e o comportamento da economia e da política local e internacional.

No entanto, esse receio pode ser minimizado com a ajuda de um gestor profissional, que vai administrar a carteira, acompanhando de perto os movimentos do mercado para tomar as melhores decisões de investimento.

Para facilitar a vida do investidor e minimizar os riscos de perdas por desconhecimento da dinâmica do mercado acionário, a sugestão de Sandra Blanco, consultora da plataforma digital Órama, é optar por um fundo de ações em vez de escolher em quais companhias vai investir diretamente. Assim, pode-se reduzir os riscos de perdas no caso da desvalorização de uma determinada empresa.

– As carteiras dos fundos de ações são diversificadas de forma eficiente. Os gestores conhecem detalhadamente o negócio de cada empresa da carteira e acompanham com lupa a evolução da companhia e as notícias que podem afetar o business –explica Sandra.

A Órama oferece 37 opções de fundos de ações, com aportes iniciais a partir de R$ 1 mil.

Nos últimos seis meses, o produto com melhor desempenho na plataforma Órama rendeu 21,64%, enquanto o Ibovespa subiu 6,26%. Em 12 meses, o melhor fundo rendeu 86,13% o Ibovespa, 22,34%. Já em 24 meses, o fundo com melhor performance valorizou 206,89% e o Ibovespa, 51,92%.

Tendo como referência os mesmos períodos, a Petrobras desvalorizou 10,08% em seis meses, subiu 6,23% em 12 meses e 48,53%, em 24 meses. Já a Vale, valorizou 6,24%, 132,49% e 146,2%, respectivamente. O índice de Energia Elétrica, 1,64%, 11,16% e 59,38%, nas mesmas janelas (até 31/08/2017).

Apesar dos recordes registrados recentemente pelo Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira – 76.004 pontos em 20 de setembro, o maior nível da história e a primeira vez que superou os 76 mil pontos –, a consultora da Órama explica que o espaço de novas valorização dos papéis ainda é muito grande.

A especialista sugere que o valor aportado em ações fique em torno de 10% do total de aplicações do investidor conservador. Dessa forma, os riscos são pulverizados em várias opções. Mas o restante, não deve ser concentrado em renda fixa de baixo risco. É importante adicionar fundos multimercado para obter bons rendimentos. Outra sugestão também é adicionar investimentos com ações via algum produto de previdência privada, já que são investimentos de longo prazo.

Além disso, é preciso ter em mente que investir na bolsa exige muita disciplina. O investidor não pode tirar o dinheiro ao primeiro sinal de desvalorização das ações. Nesse tipo de aplicação, o ideal é pensar em um horizonte de pelo menos cinco anos. Até porque quem tira o dinheiro quando os papéis estão em baixa vai amargar prejuízo e pode sair com menos do que entrou.

– Tenha sempre um dinheiro reservado para as emergências, para não ter que mexer no fundo de ações em um momento desfavorável, quando os papéis podem estar em baixa – explica Sandra.

Outra dica da consultora da Órama é que novos aportes sejam feitos no fundo de ações ao longo do tempo. É a estratégia do custo médio e pode potencializar os lucros.

– Assim como em qualquer outro investimento, fazer apenas um aporte inicial e imaginar que o dinheiro vai se multiplicar por milagre é um dos erros mais comuns de quem não é familiarizado com aplicações financeiras – conclui a especialista.

O Imposto de Renda é retido na fonte quando o investidor resgatar o fundo de ações – a taxa é de 15% sobre o ganho.

 

Foto: Reprodução

Fonte: OGlobo


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