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Planalto tenta pacificar rebelião do Centrão

Diante das ameaças do Centrão de derrotar o governo em votações até de medidas provisórias no plenário da Câmara, o Palácio do Planalto tenta ganhar tempo para contornar a rebelião dos partidos desse bloco.

Líderes do Centrão fizeram chegar um alerta ao Planalto: o de que não vão aceitar o adiamento da reforma ministerial para março/abril de 2018.

Diante do ultimato, a ordem no núcleo palaciano é usar até mesmo a recuperação do presidente Michel Temer, que recebeu alta nesta segunda-feira de uma cirurgia para raspagem na próstata, para tentar diminuir a forte pressão dos aliados pela repactuação do espaço no governo.

Segundo relatos, o próprio Temer já foi advertido que, caso não haja uma reforma ministerial em novembro, o governo corre o risco de ser derrotado até mesmo na votação das medidas provisórias do ajuste fiscal. Em conversas antes da votação da segunda denúncia, Temer havia sinalizado disposição para diminuir o espaço do PSDB no governo.

“Não dá para colocar a faca no pescoço do Temer. Até porque ele está em recuperação de uma intervenção cirúrgica. É preciso moderação. A reforma ministerial é um tema complexo, que precisa de mais tempo para que não haja sequelas na base aliada”, reagiu um interlocutor de Temer.

A cobrança de partidos do Centrão é por uma reorganização imediata no primeiro escalão para contemplar aliados que votaram com Temer na análise da segunda denúncia pelo plenário da Câmara. Há forte descontentamento com o espaço do PSDB, que hoje tem quatro ministérios.

Na semana passada, 23 deputados tucanos foram contrários ao presidente Temer e apenas 20 votaram a favor.

 

Foto: Reprodução

Fonte: Gerson Camarotti/G1