Longa esteve entre os 10 filmes que competiram no Sydney Film Festival e será exibido no Shanghai International Film Festival
Fotos crédito: Guillermo Garza
Com direção de Gabriel Mascaro (“Boi Neon” e “Divino Amor”), o premiado “O Último Azul” acaba de ser anunciado como o filme de abertura da 53ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que vai ocorrer de 13 a 23 de agosto de 2025, no Palácio dos Festivais, em Gramado, no Rio Grande do Sul. Protagonizado por Denise Weinberg, com Rodrigo Santoro, Adanilo e a atriz cubana Miriam Socarrás no elenco, o longa terá na Serra Gaúcha a première do filme no Brasil, cuja estreia comercial, nas salas de cinemas, está marcada para 28 de agosto deste ano, com distribuição da Vitrine Filmes.
“Quando fazemos filme brasileiro, o que mais queremos é mostrá-lo para o Brasil. E finalmente, depois de uma linda trajetória em festivais, a gente vai poder estrear no Brasil no Festival de Gramado, e logo em seguida entrar em cartaz”, declara Gabriel Mascaro, que ressalta ainda as diversas representatividades que tornam o filme uma história brasileira que vem gerando identificação em todo o mundo. “Tem sido muito bonito ver um personagem que, de maneira muito universal, fala tanto sobre várias culturas – uma personagem idosa em busca do seu sonho, encontrando o seu desejo. É muito lindo ver um longa filmado na Amazônia, no Brasil, encontrar ressonância com tantas culturas diferentes.”
Na última semana, o longa recebeu dois prêmios no Festival de Guadalajara, no México: Melhor Filme Ibero-Americano de Ficção e o Prêmio Maguey de Melhor Interpretação para Denise Weinberg. “O Último Azul” também esteve entre os dez seletos filmes que participaram do Sydney Film Festival, na Austrália, ao lado de outro longa brasileiro, “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho. O diretor Gabriel Mascaro esteve no Festival australiano acompanhando a exibição do filme (fotos no link). Esta semana, o longa participa do Shanghai International Film Festival, também com a presença do diretor.
Premiado com o Urso de Prata, do Grande Prêmio do Júri, na 75ª edição do Festival de Berlim, além de ter conquistado o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost — premiação dos júris paralelos à competição principal da Berlinale—, “O Último Azul” continua participando de diversos festivais de cinema ao redor do mundo.
O longa já passou pelo Festival de Cartagena de Las Índias, na Colômbia; Festival de Buenos Aires (BAFICI), na Argentina; Festival de Cinema de Istambul (IKSV), na Turquia; e IndieLisboa, em Portugal, e está selecionado para mais de 10 festivais pelo mundo até o meio do ano (Argentina, Austrália, China, Colômbia, República Tcheca, Islândia, México, Polônia, Portugal, Taiwan, Turquia, Reino Unido e Uruguai).
A trama é situada na Amazônia, em um Brasil quase distópico, onde o governo transfere idosos para uma colônia habitacional em que vão “desfrutar” seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio compulsório, Tereza (Denise), uma mulher de 77 anos, embarca em uma jornada para realizar seu último desejo. Uma aventura sobre resistência e amadurecimento ao longo dos rios da Amazônia, o filme foi extremamente aplaudido durante a estreia mundial na Berlinale, no dia 16 de fevereiro deste ano.
“O Último Azul” marca mais um capítulo na parceria entre Gabriel Mascaro e a produtora Rachel Daisy Ellis na produção de longas-metragens, sendo a quinta colaboração da dupla nessa categoria. A Cinevinay (México) também assina a produção do filme, que tem coprodução da Globo Filmes (Brasil), Quijote Films (Chile), Viking Film (Países Baixos), e distribuição da Vitrine Filmes no Brasil. O longa foi produzido por Rachel Daisy Ellis (“Boi Neon”, “Rojo”) e Sandino Saravia Vinay, produtor associado de “Roma”, de Alfonso Cuarón, e coprodutor dos filmes anteriores de Gabriel Mascaro.
Distribuição Internacional
“O Último Azul” já tem distribuição garantida em mais de 15 mercados internacionais. São eles: Alemanha (Alamode), França (Paname), Benelux (Imagine), Espanha (Karma), Suíça (Xenix), Portugal (Nitrato), México (Pimienta), Suécia (Triart), Dinamarca (Camera), Noruega (Arthaus), Países Bálticos (A-One), Polônia (Aurora), República Tcheca e Eslováquia (Film Europe), Ex-Iugoslávia (MCF Megacom), Bulgária (Beta), Hungria (Mozinet), Israel (Lev), Austrália e Nova Zelândia (Palace), Indonésia (Falcon).
Crítica internacional
Na crítica internacional, o longa de Mascaro também foi destaque por sua qualidade de produção, atuação e por sua sensibilidade e poder de provocar uma reflexão profunda sobre nossa sociedade.