(Crédito: Agência Brasil)
O diretor-executivo de Finanças e Relações com investidores da Vale, Luciano Siani Pires, contestou a informação de que a empresa sabia do risco eminente de rompimento da barragem em Brumadinho. Segundo ele, “não há laudo ou relatório que comprove qualquer menção de risco efetuada pela companhia, e de que a barragem era insegura”.
O diretor ressaltou que as notícias sobre a elevação do nível de água na Barragem 1 também são inverídicas. “A informação de que dois funcionários teriam tido acesso a dados dois dias antes do rompimento da barragem, objeto da troca de e-mails entre a auditora TUV SUD e o Ministério Público, não se sustentam”, enfatiza.
O diretor explica que, de acordo com laudo independente elaborado pela empresa IBTech no dia 09 de fevereiro, a Vale tomou conhecimento no dia 21 de janeiro de que medições de quatro de 46 piezômetros automatizados – equipamentos que medem a pressão da água – tiveram problemas de configuração. “A questão foi corrigida e, segundo o laudo, as informações dos 46 piezômetros estavam corretas. Ou seja, tratou-se apenas de uma leitura equivocada dos dados”, explica.
“Os piezômetros monitoram a saúde de uma barragem. No caso da Barragem I, eles vinham, ao longo do tempo, mostrando que o nível de água estava caindo dentro da estrutura, o que foi registrado no relatório da empresa TÜV SÜD, em setembro de 2018. Por conta disso, o relatório certificou que a Barragem I se encontrava estável, com o seu fator de segurança acima do recomendado pela legislação”, afirma o gerente-executivo de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos e Carvão, Lúcio Cavalli.
Ainda sem entender as causas do acidente, a empresa disse ter contratado um novo painel de especialistas independentes dos Estados Unidos, da Austrália e do Canadá, para ajudar na apuração dos fatos.