Medida é mais uma na briga entre Rio e São Paulo pela sede do GP do Brasil a partir de 2021
Na semana passada, a Secretaria de Esporte do Estado do Rio de Janeiro aprovou um projeto de incentivo fiscal no total de R$ 302 milhões para que sejam realizadas as duas primeiras corridas da F1 no novo autódromo em Deodoro, segundo o UOL. Cada prova teria R$ 151 milhões para o governo deixar de receber, mais do que o teto estipulado pela Lei Estadual de incentivo ao esporte, que é de R$ 138 milhões.
Também foi aprovado que o período pretendido para a realização do GP seja de 2021 a 2030, como em São Paulo.
O autódromo ainda não saiu do papel e para que as obras comecem, é preciso da aprovação do estudo de impacto ambiental no terreno que foi cedido pelo Exército.
Segundo o promotor da prova, JR Pereira, o benefício nos dois primeiros anos seria para “fazer a máquina girar”, já que a captação de recursos para as corridas seriam anuais.
Durante o GP do Brasil de 2019, o governador João Doria esteve presente com representantes da prefeitura de São Paulo, o atual promotor do GP do Brasil, Tamas Rohonyi e o CEO da F1, Chase Carey. Segundo o ex-prefeito e atual governador, uma reunião no começo de dezembro seria decisiva para as pretensões paulistas na manutenção da corrida em Interlagos.
Paralelamente a isso, o Autódromo de Interlagos passa por um processo de concessão, visando passar a administração do complexo à iniciativa privada. A abertura dos envelopes está prevista para o dia 8 de janeiro.
Mais um fiasco?
Nesta semana foi anunciado que o Mundial de Endurance da FIA (WEC) não virá mais a São Paulo em 2020. O mais recente fiasco se junta a outros, envolvendo também Fórmula E, Indy e MotoGP, relembre:
A FIA anunciou nesta segunda-feira que São Paulo não receberá mais a etapa de 6 Horas do WEC prevista para o dia 1º de fevereiro.
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O circuito paulistano foi palco do mesmo evento de 2012 a 2014. A corrida deixou de ser realizada em 2015, uma vez que os prédios do paddock de Interlagos estavam passando por reformas e uma data adequada não pôde ser garantida.
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O Rio de Janeiro fazia parte dos planos para a primeira temporada da Fórmula E, no dia 15 de novembro de 2014, em um traçado planejado para a Marina da Glória, que substituiria o ePrix de Hong Kong.
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O país já havia sido retirado dos planos antes da saída de Hong Kong.
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Ainda na Fórmula E, São Paulo chegou a ser confirmada como local de etapa em 2018, no dia 17 de março, mas por uma série de questões ligadas à pista do Anhembi, os organizadores da categoria tiraram a corrida do local que recebeu a Indy.
IndyCar Series
Por falar em Indy, a última tentativa de trazer a maior categoria de monopostos dos Estados Unidos foi desastrosa.
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Cinco dos 10 setores do autódromo já estavam com ingressos esgotados.
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Nem mesmo a Stock Car conseguiu voltar.
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A MotoGP também já fez parte dos planos de uma volta ao Brasil, mais precisamente, em Brasília (novamente).
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Em 2014, o Autódromo Nelson Piquet receberia uma corrida, mas as obras não ficaram prontas a tempo.
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A categoria já anunciou que pretende voltar ao Brasil em 2022, em uma prova no circuito ainda a ser construído em Deodoro, no Rio de Janeiro.
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O mesmo circuito faz parte de uma concorrência que envolve o Autódromo de Interlagos para receber a F1 a partir de 2021.