Orgatec 2018 traz novos conceitos em workspaces

Onde estão localizados os escritórios de hoje em dia? Em smartphones e tablets? Ou ainda é necessário o ritual de estar em um espaço físico dedicado ao trabalho? Trabalhamos em cafés, lounges, aeroportos, em casa? Essa é a reflexão que a Vitra propõe para esta edição da feira Orgatec, que acontece de 23 a 27 de outubro, na cidade de Cologne, na Alemanha.

Com um espaço dedicado ao tema ‘Work’, a marca apresenta três ambientes assinados por grandes nomes do design e arquitetura mundial: Barber & Osbergy, responsáveis pelo Shared Office; Konstantin Grcic, que assina o Super Flexible Office; e Sevil Peach, que criou o Company Home. Todos os espaços trazem uma tradução do cenário atual de escritórios.

O plano de vida ideal da geração atual inclui, como prioridade, flexibilidade de horários, comprometimento mínimo com um espaço físico e bem-estar. O trabalho é realizado, mas não necessariamente em um espaço específico e durante um número exato de horas. A nova geração está construindo sua vida profissional baseada nos planos pessoais.

Podemos ver pessoas trabalhando em todos os lugares – em hotéis, aeroportos, cafés, praias. Eles dividem trabalho, os famosos ‘workstations’ e até mesmo suas casas, e esse cenário está cada vez mais transformando o espaço público em um espaço de trabalho produtivo, afirma Nora Fehlbaum, CEO da Vitra.

Shared Office, por Barber & Osbergy

Nos dias de hoje, estamos familiarizados com espaços públicos de trabalho, no formato de co-workings, cafés e lobby de hotéis. Isso também pode ser encontrado em prédios comerciais que disponibilizam o espaço térreo para o público. Existe uma pequena demanda por uma mesa clássica nesses espaços – em vez disso, sofás confortáveis compõem esses ambientes. Mesas e cadeiras avulsas são agrupadas ao redor desses sofás e podem ser usadas livremente e, como parte desse conceito, a Vitra apresenta nesse espaço um novo sofá modular, chamado Soft Work, que atende à todas essas demandas. As regras de trabalho tradicionais estão desaparecendo e, como resultado disso, a mesa não é mais o centro do ambiente corporativo. O sofá tornou-se o novo escritório, afirma Edward Barber.

Company Home, por Sevil Peach

A Company Home mostra um exemplo de escritório corporativo, mas com toque moderno atual, com ar mais aconchegante. Arquitetura, materiais e mobiliários criam um espaço harmonioso, dando aos colaboradores a sensação de bem-estar. A arquiteta britânica Sevil Peach criou um ambiente que inclui um parque e uma área de refeições – elementos públicos que estão se tornando cada vez mais parte integrante de escritórios. Neste ano, o Company Home traz o lançamento da Vitra, AC5, uma peça da linha assinada por Antonio Citterio; e também peças novas do portfólio da Artek, como a cadeira Atelier, do TAF Studio. Quando você está desenhando um projeto, é importante capturar o espírito da empresa. Se você faz isso, ele se desenvolve naturalmente, completa Sevil Peach.

Super Flexible Office, por Konstantin Grcic

O conceito de Konstanti Grcic para o Super Flexible Office é focado em criatividade, comunicação e inovação. O ambiente pode ser facilmente reorganizado: cortinas divisórias, cadeiras, mobiliários e divisórias móveis possibilitam a criação de diferentes espaços em questão de segundos. O ambiente pode ser reconfigurado, mas sempre mantendo sua identidade. No Super Flexible Office, a Vitra apresenta dois novos produtos: The Dancing Wall, criado em colaboração com Stephan Hürlemann, e Rookie, uma cadeira criada para diversos espaços de trabalhos, desenhada por Grcic.

A ideia é que um espaço vazio pode ser redesenhado para diversas ocasiões, a qualquer momento, ou ser reconfigurado para seu desenho original rapidamente. A criação de um layout que não fosse definitivo foi o mais interessante, afirma Konstantin Grcic.

O ‘WORK 2018’ foi criado pela Vitra em parceria com o escritório de arquitetura britânico Pernilla Ohrstedt, e com o estúdio de design Los Angeles, comandado por Jonathan Olivares. Ohrstedt é reconhecida mundialmente pelas suas instalações interativas e pelo uso de materiais inovadores. Já o trabalho de Olivares explora a união do design industrial e de interiores.