Nos próximos dias mais 37 militares serão nomeados para cargos técnicos no Ministério da Saúde. Os processos das nomeações ainda estão tramitando internamente e devem ser publicados em breve no Diário Oficial da União.
Desde sua posse, no fim de abril, Nelson Teich já nomeou sete militares para ocupar funções importantes na Secretaria-Executiva, a principal do ministério, que abarca as principais decisões e contratos da pasta. O general Eduardo Pazuello passou a chefiar o órgão na nova gestão, que antes era ocupada por João Gabbardo dos Reis, homem de confiança do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
De acordo com informaçõs, ainda não oficiais, o ministro estaria pressionado a publicar uma portaria que estabelece critérios técnicos para a flexibilização da quarentena. Esse documento teria como base dados locais de estados e municípios, como casos confirmados e leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) disponíveis.
Esse parâmetro técnico atribuiria às entidades federativas a responsabilidade pela flexibilização e foi uma promessa de Teich a Bolsonaro pouco antes da nomeação. A portaria tem tido resistência de representantes de secretários de Saúde, que são favoráveis a um discurso único em todo país, no caso, a defesa do isolamento social como forma de segurar a disseminação do coronavírus.