Canais digitais como portais de AutoNegociação, Chat, e-mail, SMS, Whatsapp, Facebook Messenger e Agente Virtual (robô que substitui o atendente humano) já são utilizados por 48,8% das pessoas com pendências financeiras para negociação de dívidas. Um aumento de 20% em relação a 2017. Os dados são do Instituto Gestão de Excelência Operacional em Cobrança (IGEOC), que reúne 16 das principais empresas de cobrança do Brasil. O levantamento foi realizado com 2434 devedores de todo o país.
“Os consumidores estão cada vez mais confiantes nos meios digitais de cobrança. Entre os mais utilizados para negociação estão o WhatsApp (45%), chats (44,9%) e portais de AutoNegociação (42,1%). 86,5% das pessoas que realizaram acordos por algum canal digital ficaram satisfeitas com a experiência”, afirma o conselheiro do IGEOC, Jefferson Frauches Viana.
Os segmentos analisados foram B2B, Banco Comercial, Cartão, Crédito Direto ao Consumidor (Empréstimo), Consignado, Consórcio, Educacional, Saúde, Telefonia e Veículo. As dívidas com instituições de ensino são as mais negociadas de forma virtual: 81,3% do total; seguida pelo segmento veículos (60%) e consignado (58%). Viana revela ainda que 74,86% dos devedores que fazem acordos on-line têm entre 21 e 49 anos. “Ou seja, desde o momento em que a pessoa passa a ter suas responsabilidades financeiras e a pagar suas próprias contas, ela adere aos meios digitais”. Exemplo disso é que oito em cada 10 dívidas em atraso na área de educação são negociadas por meios digitais”.
A pesquisa revelou ainda que o número de pessoas que pagam contas pela internet cresceu 45,9%, nos últimos dois anos. Pagar contas pela internet já é uma realidade para seis em cada 10 brasileiros com pendências financeiras. “O crescimento é significativo e mostra que o trabalho das empresas para desenvolver tecnologias mais seguras e confiáveis vem dando certo”, analisa Viana.
Discrição e praticidade, 71,4% dos entrevistados preferem negociar em horários alternativos (antes do trabalho, à noite ou nos fins de semana). “As pessoas presam cada vez mais por privacidade e apenas 11,8% não se importam de fazer acordos durante o expediente”, diz o conselheiro do IGEOC. Segundo o levantamento, 37,2% querem negociar após o trabalho, 17,8% nos fins de semana, 16,4% antes do trabalho e 16,9% não tem preferência.
Os motivos mais citados como favoráveis a negociação virtual são a praticidade (47,4%), horários flexíveis (23,5%), discrição (16%) e não ter que falar com um negociador (12,3%). “Por outro lado, 45,4% dos entrevistados reclamaram que os canais virtuais de negociação oferecem poucas opções de pagamento e descontos”.
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