As medidas de estímulos financeiros contra os impactos da covid-19, doença causada pelo coronavírus, na economia terão efeito de R$ 1,2 trilhão, segundo o Banco Central. O valor é muito superior ao arsenal usado durante a crise de 2008, de R$ 117 bilhões.
Os dados foram apresentados pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta 2ª feira (23.mar.2020). Ele disse que o Brasil vai atravessar a crise do coronavírus “com facilidade” e que a autoridade monetária tem as ferramentas necessárias para combater “qualquer crise”. Eis a apresentação.
De acordo com Campos Neto, o sistema financeiro é sólido e está bem capitalizado. A autoridade monetária não vai hesitar ao usar todo o arsenal disponível para assegurar a estabilidade financeira e o bom funcionamento dos mercados, segundo ele.
“Vamos atravessar essa crise com facilidade. O Banco Central está atento e se antecipou. Acho que, em grande parte, [em comparação] a vários outros setores neste entendimento (de tomar medidas de estímulos)”, disse.
Dando continuidade às medidas de estímulos, o Banco Central anunciou nesta 2ª feira (23.mar.2020) a injeção de R$ 68 bilhões no sistema financeiro, com a diminuição da alíquota de depósitos compulsórios dos bancos. Também vai ofertar empréstimos às instituições financeiras com garantia de debêntures.
“Nós entendemos que estamos numa crise diferente do que nós vivemos no passado. Estamos, obviamente dispostos a fazer novas medidas, o arsenal que o BC tem é muito grande para combater qualquer tipo de crise. O BC está absolutamente tranquilo e o sistema financeiro nacional vai funcionar perfeitamente”, declarou Campos Neto.
Ele ainda afirmou que, no âmbito do BC, as medidas anunciadas em 2020 têm impacto de 16,7% do PIB. “Comparado com 2008, foi 3,5% do PIB. Estamos querendo passar que temos ampla capacidade de atuação. O que já foi feito e o que está sendo apresentado hoje representa o maior plano de injeção de liquidez e de capital da história do país”, disse.
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