O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu à Justiça a revogação do regime aberto concedido à Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da menina Isabella Nardoni. Desde junho deste ano, ela obteve a progressão de pena e vive em um apartamento de luxo do sogro, em Santana, na Zona Norte da Capital.
Conforme o pedido, Anna Jatobá apresenta um “comportamento impulsivo e agressividade”, além de não demonstrar “arrependimento pelo que fez”. Dessa forma, o MP-SP quer que ela volte a cumprir a pena em reclusão.
“Tratando-se de delito grave, no caso, demonstrada maior periculosidade da executada (condenada), além da ausência de arrependimento e de comportamento impulsivo e agressivo, reclama-se maior rigor judicial no critério a ser considerado como subjetivo para o mérito à promoção prisional”, diz o texto assinado pela Promotoria.
A solicitação ainda será analisada pela Justiça, sem um prazo definido. A defesa de Anna Jatobá não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
Anna Carolina Jatobá e o marido, Alexandre Nardoni, foram condenados pela morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, que foi asfixiada e jogada de um prédio na capital paulista, em março de 2008. O pai pegou 30 anos de prisão e a madrasta da menina, 26 anos.
A condenada ficou 15 anos na Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé, sendo que em 13 deles trabalhou em uma oficina de costura. Há dois meses, ela obteve a progressão de pena para o regime aberto.
Durante a avaliação, ela também revelou que fez uma tatuagem em homenagem a Isabella, a Alexandre Nardoni e seus dois filhos durante uma saída temporária. Sobre seu casamento, disse que ainda mantém relacionamento com o marido e que eles se encontraram durante saídas temporárias e conversavam por meio de cartas.
Morte de Isabella Nardoni
Isabella Nardoni tinha cinco anos quando foi jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento que ficava no sexto andar do Edifício London, no dia 29 de março de 2008.
O Ministério Público destacou durante o julgamento do casal que as provas periciais obtidas pela Polícia Civil não deixavam dúvidas sobre a autoria do assassinato. A acusação destacou que a madrasta esganou Isabella e, em seguida, o casal cortou a tela de proteção da janela e o pai jogou o corpo da criança.
*Por Metro Jornal