O presidente Jair Bolsonaro disse que avalia o envio de 1 projeto de lei para o Congresso Nacional para ampliar o rol de categorias consideradas essenciais. A ideia começou como 1 decreto, mas ele afirmou que a proposta seria “bombardeada”. Para o chefe do Executivo federal, tudo que for vital para os trabalhadores se manterem deve ser essencial.
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“Aqueles outros que não podem trabalhar, especialmente os mais humildes, como é que vão levar 1 prato de comida para casa? Para muitos deles, os R$ 600 não são suficientes. Então, o que é atividade essencial? Todo aquele que seja essencial para 1 homem e mulher levar 1 prato de comida para os seus filhos em casa”, explicou.
Bolsonaro defendeu mais uma vez o relaxamento das medidas de isolamento social e disse que o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, pensa como ele. O antigo titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta, foi demitido ontem.
“É começar a abrir, no que depender da nossa parte, obviamente, a volta à normalidade no Brasil. Lógico que tem que ser feito de forma pensada, trabalhada, com muita responsabilidade. Porque se colapsar a economia, teremos 1 outro problema muito maior do que as próprias mazelas do coronavírus”, afirmou.
Ele completou ainda que já pensa em fazer orientações para Estados e municípios sobre a abertura da economia. Bolsonaro disse acreditar que os governadores exageraram e que precisam de “humildade” para recuar. O desemprego, que para ele é 1 inimigo tão grande quanto o vírus, já “está na casa dos milhões“.
“A ideia é começar a orientar nesse sentido [da abertura gradual]. Se bem que o Supremo mesmo disse que os governadores e prefeitos têm uma posição de destaque em relação a mim. Eu lamento, devia ser o contrário. Eu não quero impor nada, como disse lá, eu jamais prenderia quem quer que seja numa praça pública”, declarou.
Cloroquina
Segundo Bolsonaro, esse é mais 1 ponto em que o novo ministro Nelson Teich e ele convergem. O remédio, para o presidente, é a única saída encontrada até agora no combate ao vírus.
“Pode ser que a cloroquina não dê certo. Mas você não tem outra alternativa no momento. E outra: não tem esse efeito colateral todo como dizem. Obviamente, tem que ter uma recomendação médica, mas é usada a 2ª versão, a hidroxicloroquina, desde 1955, o ano em que eu nasci”, explicou.
Bolsonaro disse que indicará nomes para o Ministério da Saúde, considerado muito grande pelo presidente, e que deve fazer alterações no 2º escalão da pasta. A ideia é seguir sua orientação nesse novo momento.
“Ele [Teich] logicamente vai nomear boas pessoas lá. Eu vou indicar algumas pessoas também. É 1 ministério muito grande, ele é 1 gestor também, mas é 1 ministério enorme. [tem algum nome?] Temos sim, mas não tenho de cabeça aqui… Para a gente começar a formar 1 ministério que siga aquilo que é a orientação do presidente, que vê o problema como 1 todo, e não apenas no particular”, completou.
Volta às aulas
Jair Bolsonaro defendeu que é preciso enfrentar o vírus, e não só se isolar. Comparou a doença com a chuva, dizendo que é preciso se molhar às vezes.
“Tem que enfrentar a chuva, pô. Tem que enfrentar o vírus. Não adianta se acovardar, ficar dentro de casa. Nós sabemos que a vida é uma só. Sabemos dos pais que estão preocupados com os filhos voltarem à escola. Mas tem que voltar à escola, nós não temos nenhuma notícia de alguém abaixo de 10 anos de idade que contraiu o vírus e foi a óbito ou foi para a UTI”, afirmou.
A OMS (Organização Mundial de Saúde), contudo, divulgou nesta 5ª feira (16.mar.2020) que há ocorrência de mortes de crianças infectadas pelo novo coronavírus. Trata-se da 1ª vez que a organização confirma mortes de crianças pela covid-19. Detalhes como o número de casos e os perfis das vítimas não foram divulgados.
Por: Poder 360