Em mais um mês de forte movimentação, a caderneta de poupança registrou captação líquida de R$ 37,2 bilhões em maio. Resultado de depósitos de R$ 235 bilhões e retiradas de R$ 197,9 bilhões, o valor é o maior de toda a série histórica do Banco Central, iniciada em 1995, ultrapassando o recorde mensal anterior, de abril (com captação líquida de R$ 30,5 bilhões).
Este foi o terceiro mês seguido de saldo líquido positivo da poupança, que acumula, no ano, captação de R$ 63,9 bilhões.
A forte entrada de recursos ocorre em um cenário de grande incerteza e volatilidade para o mercado financeiro, por conta da Covid-19, e marcado por incentivos fiscais adotados pelo governo para minimizar os impactos da doença sobre a economia.
De acordo com o Tesouro Nacional, a previsão de gastos com a ajuda aos informais é de R$ 152,6 bilhões. Até o momento, já foram desembolsados R$ 76,9 bilhões para o programa.
Baixa rentabilidade
Com a taxa básica de juros em seu menor patamar histórico, de 3% ao ano, e de expectativa de um novo corte da Selic em junho, as aplicações de renda fixa, que já estavam rendendo pouco, passam a oferecer prêmios ainda menores.
Em maio, a poupança rendeu 0,22%, ante variação de 0,24% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa. No ano, o rendimento da caderneta chega a 1,20% (ante 1,54% do CDI) e, em 12 meses, a 3,96%, enquanto o CDI tem variação de 4,92%.
Com informações do Banco Central e InfoMoney