As contas do Governo Central – que incluem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social – registraram superávit primário de R$ 30,2 bilhões, no mês de janeiro. O resultado é 5,5%   inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado, em que as receitas superaram as despesas em R$ 30,8 bilhões. Os dados, que não incluem o pagamento da dívida pública, foram divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional.

De acordo com o secretário do Tesouro, Mansueto de Almeida, é esperado que haja superávit em janeiro. “O início do ano tem concentração de receitas e não têm transferências para estados e municípios�, explica.  Outro fator que influenciou o resultado, segundo Mansueto, foi a execução mais lenta das despesas da máquina pública, em razão do início do novo governo.

Apesar do resultado positivo, o déficit acumulado em 12 meses é de R$ 123,2 bilhões. A meta para este ano é de um déficit de R$ 139 bilhões. “Temos um Tesouro Nacional e Banco Central superavitários, ao mesmo tempo, em que o resultado da Previdência é deficitário. Sem a reforma da previdência, as contas públicas se manterão no vermelho”, afirmou Mansueto.

Receitas e despesas

A receita do governo teve queda real de 3% em janeiro, quando comparada ao mesmo mês do ano passado. A receita administrada caiu R$ 4,8 bilhões. Por outro lado, a arrecadação líquida para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) aumentou R$ 2,6 bilhões.

Já as despesas do governo ficaram R$ 2,5 bilhões, montante 2,3% inferior a 2018. Entre as principais variações, está o aumento dos benefícios previdenciários de R$ 1,1 bilhão.