A Organização Mundial da Saúde (OMS), que está no centro das atenções desde o surgimento do coronavírus na China no final de dezembro, disse nesta terça-feira que identificou dois casos entre seus funcionários.
Os casos foram confirmados na última quinta e sexta-feira. “As duas pessoas foram para casa e se isolaram”, disse uma porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, durante coletiva de imprensa em Genebra.
“Seus colegas de escritório foram verificados e estamos aguardando mais informações sobre esse assunto”, acrescentou.
A OMS, sediada em Genebra, Suíça, introduziu na segunda-feira o trabalho remoto para todos os seus funcionários “não essenciais”.
O novo coronavírus matou pelo menos 7.063 pessoas em todo o mundo, de acordo com um relatório da AFP com base em fontes oficiais.
Mais de 180.090 casos de infecção foram contabilizados em 145 países e territórios desde o início da epidemia.
Esse número de casos diagnosticados, no entanto, não reflete a realidade, pois um grande número de países não implementou uma política de testes para todos os casos suspeitos, conforme solicitado pela OMS em diversas ocasiões.
Na Suíça, 14 pessoas morreram até agora. Os casos de infecção dobraram de sábado para domingo, atingindo mais de 2.200.
A partir desta terça-feira, o governo suíço, que qualificou a pandemia de “situação extraordinária”, assumiu o comando das operações, o que lhe permite impor medidas aos cantões, que até agora haviam adotado medidas muito diversas.
Todas as reuniões públicas e privadas estão proibidas, com exceção dos enterros, e o governo convocou 8.000 soldados para apoiar a resposta hospitalar, logística e de segurança.
A Suíça também restabeleceu os controles fronteiriços com seus países vizinhos, exceto Liechtenstein, que faz parte do território aduaneiro suíço. Um total de 130 pequenos postos fronteiriços foram fechados para direcionar o tráfego fronteiriço para as principais passagens.
O trânsito internacional de mercadorias permanece autorizado, mas o tráfego ferroviário de passageiros foi reduzido.